domingo, 5 de junho de 2011

A PEDAGOGIA DE DEUS

Segundo Silveira Bueno, autor do mini dicionário da língua portuguesa, a palavra Pedagogia significa:
“S. F. ciência da educação, conjunto de doutrina e princípios que visam a um programa de ação; estudos dos ideais de educação, segundo determinada concepção de vida e dos meios mais eficientes para realizá-la.”
Li um estudo que investigou a existência ou não de ritual de casamento e sua relação com o planejamento do primeiro filho. Participaram quarenta e sete casais que esperavam seu primeiro filho, entrevistados conjuntamente no último trimestre da gravidez. Os resultados, analisados através de análise de conteúdo, mostraram que a maior parte dos casais (53%) relatou ter tido ritual de casamento e ter planejado a primeira gravidez, enquanto 25% dos casais não relataram nenhuma das duas situações. Desta maneira, constatou-se uma associação estatisticamente significativa entre a presença de ritual de casamento e o planejamento da gravidez do primeiro filho. Os resultados apóiam a expectativa inicial de que o modo como ocorre a transição para o casamento desempenha um papel importante no planejamento da primeira gravidez. O ritual de casamento claramente demarca o início de um novo núcleo familiar, a passagem para a adultez e a potencial transição para a parentalidade.
Estudos como estes realizados por doutores e mestres em psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, só respaldam mais uma vez a veracidade ou a importância da pedagogia de Deus, que se desenvolve em nossas vidas através dos rituais Bíblicos.
Deus sempre procurou um povo que o honrasse com a vida, com atitudes, com postura e não somente com palavras.
Deus, objetivando o crescimento, o amadurecimento, o entendimento do homem, cria vários rituais Bíblicos que marcam o ser e uma etapa de sua vida.  Esses rituais não só marcam o SER, como pessoa, como também o seu papel, sua influência na sociedade, como também toda a sociedade.
Podemos citar alguns rituais:
  • A circuncisão ao 8º dia.
  • O Batismo
  • Bar Mitzvá
  • O casamento
  • Funeral
  • O toque do shofar
  • As Festas Bíblicas
  • Etc.
O ritual, assim como nos dias de hoje, tinha como objetivo dar início a um novo núcleo familiar e social.
Em Êxodo 19 e 20 nos deparamos com um povo que havia vivido 400 anos no Egito, com muitos rituais e costumes pagãos. Mas agora Deus os queria como propriedade peculiar (19:5, 6), Deus queria fazer deles uma Nação Santa. Mas como transicionar a mente do Egito, poluída, contaminada em mente santa? Deus, então, elabora todo um ritual (19:10 ao 22) de transição de mente e coração.
No capitulo 20, Deus sela este ritual entregando ao povo os 10 Mandamentos. Uma Nova lei que marcaria o início de um novo caminhar. O inicio de um caminhar com novos princípios, nova postura, novas atitudes e novo caráter.
Assim acontece hoje, quando pessoas se entregam a Cristo. Quantos se decidem por Jesus, mas ainda continuam com a mente do Egito. Então, através do Batismo, selamos e marcamos a mente desta pessoa fazendo-a morrer para o mundo e renascer para uma vida de testemunho. O Batismo testifica a decisão de transicionar a mente para o padrão de vida Bíblico. No Batismo eu assumo publicamente minha fé.
A partir da perspectiva da teoria familiar sistêmica, uma idéia importante na compreensão do funcionamento das famílias é a de ciclo de vida da família. As famílias se desenvolvem com o passar do tempo, na medida em que entram e saem de diferentes estágios.
Em relação aos rituais de casamento, constatou-se que a literatura da área de família em geral tem enfocado mais os rituais familiares do que os rituais de casamento propriamente ditos. Nesse sentido, recentemente, Fiese, Tomcho, Douglas, Josephs, Poltrock e Baker (2002) realizaram uma revisão qualitativa dos artigos existentes relativos ao tema dos rituais familiares. O primeiro estudo por eles mencionado foi a pesquisa qualitativa realizada por Bossard e Boll (1950), os quais concluíram que os rituais são poderosos organizadores da vida familiar, mantendo sua estabilidade durante períodos de estresse e transição.
Como discípulos de Jesus, precisamos entender e compreender a importância dos rituais Bíblicos em nossas vidas. Pois são eles que marcam a nossa mente e caráter. São eles que marcam o início de um novo ciclo, de uma nova etapa de nossas vidas. São eles também que nos impedem de vacilar, de sermos inconstantes.
Hoje, eu quero que você se lembre de alguns rituais Bíblicos que marcaram a sua vida e que têm te sustentado em meio às crises, pois segundo doutores e mestres em psicologia, os rituais são poderosos organizadores da vida familiar, mantendo sua estabilidade durante períodos de estresse e transição. Acrescentaria que eles são poderosos organizadores da vida social e espiritual, pois eles marcam a nossa caminhada, a nossa decisão por Jesus e seus princípios.
Quais foram alguns rituais que marcaram a sua vida cristã?
Podemos citar:
  • O casamento,
  • O Batismo
  • Apresentação do bebê ao Senhor
  • O Bar Mitzva ou Bar Barakah
  • O Encontro com Deus
  • O Reencontro
  • O carregar a Arca da Aliança nos Braços, selando a decisão de levar a presença de Deus para o seu lar.
  • O ofertório
  • O dízimo, as primícias, as ofertas.
  • O pedir a Bênção a pessoas que reconhecemos como autoridade espiritual.
  • A quebra da taça, selando uma aliança até que a morte os separe.
  • As Festas Bíblicas
Enfim, precisamos vivenciar os rituais Bíblicos deixados por Deus para selar uma nova etapa em nossa vida. Esses rituais marcam a nossa decisão para o início de um novo caminhar, não por rituais humanísticos, mas por princípios Bíblicos.
Pr Leile Albano,
2009
**O estudo citado com casais foi desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul pela equipe abaixo descrita:
Rita de Cássia Sobreira Lopes; Clarissa MenezesII; Gisele Pinheiro dos SantosIII; César Augusto PiccininiIV.
IDoutora pela Universidade de Londres. Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
IIMestre em Psicologia e Doutoranda pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
IIIGraduanda do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bolsista de Iniciação Científica, CNPq
IVDoutor pela Universidade de Londres. Professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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