quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MAIS PREOCUPADOS COM O MUNDO DO QUE COM A FAMILIA

Mais preocupado com o mundo do que com a família


Amar é respeitar a mulher que dedica tempo de sua vida buscando em oração o melhor pela família.
Meu nome é Walter e moro atualmente em Ponta Grossa –PR, uma cidade muito tranqüila com muitos lugares bonitos para se conhecer. Tenho 33 anos, sou casado com Cristina e temos 2 lindas filhas, Júlia e Bianca .
Sempre brincamos que a Júlia é mais parecida com a mamãe por ser mais morena, cor de cuia, e a bianca, como o nome já diz, branquela igual ao papai. Aos 19 anos conheci a Cris e começamos a namorar, depois de quatro anos fomos morar juntos e veio nosso primeiro nenê, a Júlia.
Minha esposa, sempre foi uma mulher que gostava de ir aos cultos, orar pela família. Eu , neste tempo, estava mais preocupado, com as minhas vontades, sair do futebol, tomar uma gelada, emendar uma pescaria.
Aos poucos fui ficando viciado nas máquinas de jogar dinheiro. Todos já sabem os frutos que eu fui colhendo ao passar dos anos. Então veio nosso segundo nenê, a Bianca. Mesmo assim, continuava sem entender o porque das orações pela família.
Muito tempo se passou, e ela deixou de ir aos cultos, deixou de orar pelo seu marido que estava mais preocupado com o mundo do que a própria família e deixou de gostar dele. Então fui percebendo que amar não é pagar as contas e colocar comida na mesa.
Amar é respeitar a mulher que dedica tempo de sua vida buscando em oração o melhor pela família. Meu mundo acabou, perdi algo que nunca imaginava perder, o amor de minha esposa .
Corri em todas direções possíveis pedindo ajuda, pois neste momento o desespero vem e as acusações também. Não sabia mais o que fazer para tentar resgatar o amor de minha esposa . Engraçado que nesses momentos fazemos de tudo, mandamos flores, convidamos pra um cinema e o que mais fazemos é dizer eu amo você .
E como diz Lázaro da Bahia em sua música: Foi quando veio um crente e me falou de Deus de um amigo que resolveria meus problemas, ... E eu aceitei , pois ele falou que este amigo iria restaurar a minha casa. Também me falou que não existe nada impossível para Deus.
Aceitei Jesus em minha vida primeiramente por amor a minha família. Mas com o tempo, entendi que entregar a minha vida a Ele, era entregar também todas as situações que eu estava passando, confiar nele, principalmente o que havia perdido. E Ele foi curando minhas feridas, sem questionar meus erros do passado. Fui aprendendo mais e mais e Ele foi me transformando.
Algo fantástico em minha vida começava a acontecer, e eu queria compartilhar isto com ela , mas eu tinha entregue esta questão a Deus. Foi quando Ele me ensinou algo muito valioso: Pedir perdão. Não só a Jesus por nossos pecados, mas também às pessoas que magoamos.
Lembro-me de ter escutado algo como: Gostar de você , só se nascer novamente. Bom, eu estava, pois quando Jesus me salvou, me deu uma nova vida! Uma nova vida que tenho vivido com minha nova família que o Senhor Jesus Cristo restaurou .
Uma nova vida que nosso Deus pai mostrou-me ser possível. Foi algo extraordinário que Jesus fez em minha vida. Então posso dizer que esta transformação de caráter, esta benção sobrenatural, com certeza é a razão pela qual não só eu como também nosso Senhor Jesus conquistamos o coração da minha querida esposa Cristina.
A minha oração é para que Deus continue abençoando com muita proteção todos seus filhos e que nosso Senhor Jesus regue eternamente a semente do amor que está plantada no coração de todo Aquele que O aceita como único Salvador .
Um forte abraço!
Walter Ricardo Primor

EU CREIO EU CONSIGO

EU CREIO, EU CONSIGO?Preletor: Paulo Barbosa

Se as vezes tropeçamos devemos insistir tudo de novo
     “Ao que lhe disse Jesus: Se podes! – tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23).
     “Se você for até onde pode ver, será capaz de ver o suficiente para ir mais longe” (John Wooden) “É melhor fazer alguma coisa imperfeitamente do que não fazer nada perfeitamente” (Robert Schuller) “Todas as coisas difíceis têm sua origem nas que são fáceis e as grandes nas que são pequenas” (Lao-Tzu)
     As citações acima nos conduzem a tomar atitudes. A pior coisa que podemos fazer, na busca de nossas conquistas ou de nossos sonhos de vida, é não fazer nada. Se o caminho é duro e cheio de obstáculos, creiamos que a nossa bênção chegará.
     Se, às vezes, tropeçamos ou vemos frustradas as nossas tentativas, devemos insistir… perseverar… começar tudo de novo. A nossa fé não deve esmorecer jamais. Nós vamos conseguir — e o Senhor vai nos ajudar.
     Quando Cristo é Senhor de nossas vidas e o nosso coração O hospeda com alegria, temos motivos de sobra para manter viva a nossa esperança. “Tudo é possível ao que crê”.
     A dúvida não faz parte de nosso manual de vida. A covardia também não. Estaremos sempre dispostos a seguir em frente, a lutar, a levantar após uma queda, a não voltar atrás antes de conseguir a vitória almejada.
     Se somos cristãos e Cristo é o nosso Senhor, jamais estaremos sozinhos na busca das vitórias. Ele sempre estará ao nosso lado, sempre estará nos estimulando, sempre estará intercedendo por nós. Ele prometeu que seríamos mais que vencedores e as Suas promessas jamais falham.
     Você crê que sua bênção está lhe esperando? Crê que o Senhor tem o melhor para sua vida? Vai desistir antes de alcançá-la?

OS APÓSTOLOS MODERNOS E O MITO DA ORAÇÃO FORTE

OS APÓSTOLOS MODERNOS E O MITO DA ORAÇÃO FORTEPreletor: Renato Vargens

A afirmação de que existe orações fortes entoadas por homens especiais, não encontra subsídios nas escrituras Sagradas
     Volta e meia eu ouço algumas pessoas dizendo que precisam procurar o irmão X simplesmente pelo fato de que possui uma "oração forte". Há pouco, uma irmã me abordou ao final de um culto pedindo que clamasse a Deus intercedendo por seu marido, visto que na sua perspectiva a oração do pastor é mais forte do que a de outros irmãos.
 
     Pois é, a afirmação de que existe orações fortes entoadas por homens especiais, não encontra subsídio e fundamento nas Sagradas Escrituras. Antes pelo contrário o ensino neo-testamentário, aponta categoricamente para o fato de que todos aqueles que foram salvos por Cristo e regenerados pelo Espírito Santo tornaram-se sacerdotes, e como tais, mediante o sangue do Cordeiro, possuem livre acesso ao Trono da Graça relacionando-se amorosamente com o Criador de todas as coisas de forma filial.
 
     O problema é que existe uma corja de safados que logra para si um poder super especial o qual faz o crente acreditar que as orações do "profeta" são mais poderosas do que a de qualquer outro cristão. Esta  bandidagem, que tomou para si o título de "apóstolo" tem nos últimos anos se locupletado discaramente da ignorância do rebanho, impondo sobre estes, doutrinas e ensinamentos absolutamente antagônicos aos das Sagradas Escrituras.
 
     Lamentavelmente, boa parte das igrejas neopentecostais, defensoras da nefasta teologia da prosperidade, estão retomando a figura do “ungido de Deus”, ou seja, estão ressuscitando a figura vétero-testamentária do profeta e do sacerdote. Para estes, o "apóstolo" é o "escolhido" de Deus e quando imbuído de poder espiritual, ergue a voz em oração , o Senhor é obrigado a responder. Ora, Vamos combinar uma coisa? Esses caras são loucos!  Aonde na Bíblia encontramos subsidio para esta satânica doutrina? No Novo Testamento, não encontramos a menor referência que justifique este ensimento.  Jesus Cristo é o nosso único e suficiente mediador. Ele através de morte de cruz, nos fez sacerdotes.  E por causa dEle podemos orar com ousadia na certeza de que se nossas orações estiverem de acordo com a sua Soberana vontade, seremos atendidoS.

O MELHOR ESTÁ POR VIR

O MELHOR ESTÁ POR VIRPreletor: Roberto T. Santos

A vida eterna é incomparavelmente melhor que a vida presente
     “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” 1 Coríntios 2.9

     A vida é bela, apesar dos percalços, das limitações e privacões ela continua bela. Para os que vivem com uma centelha de esperança no peito a vida é boa e bela. A beleza está espalhada por todos os lados - na relação de um casal, no nascimento de uma criança, na gentileza compartilhada, no voo de um pássaro.

     Para todos os mortais, a vida é dor e prazer. Convivemos com os intermináveis
momentos de prazer e as inúmeras e indesejáveis experiências de desprazer. Assim é a vida. A dor da vida teve sua origem no Éden – na desobediência de Adão e Eva. Passar pela experiência do abandono, do divórcio, das doenças, das perdas, da morte, do choro e do luto, nos fazem sofrer e o sofrimento, não poucas vezes, pode produzir em nós o desejo do fim. Quem é que não sofre com uma doença que se arrasta a anos sem perspectivas de cura? Quem é quem não se comove ao ouvir sobre a violência sofrida por uma criança ou adolescente?

     A vida é muito mais do que a que vivemos aqui, ela é eterna. A vida continua. Diz o texto sagrado que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”. O melhor está por vir”.

     A escritura frequentemente fala dos novos céus e terra como o lar final do povo de Deus. O simples fato de que ele é um lar é suficiente para torná-lo desejável para nós, pois enquanto estivermos neste mundo, somos peregrinos e estrangeiros. A vida eterna é incomparavelmente melhor que a vida presente, por isso podemos reafirmar categoricamente que o melhor está por vir.

     Então, o que sabemos nós sobre o céu? A Bíblia diz que lá "não haverá mais morte ou lamentações, ou choro ou dor". Lá não haverá mais câncer, AIDS, guerras ou assassinatos. Lá não haverá mais jovens viúvas tentando criar seus quatro filhos, nem bebês sendo sequestrados por psicopatas, nem cruzes ao lado das estradas significando que alguém foi morto por um motorista bêbado, nem cidades perecendo com terremotos. Nunca mais. Isso é incrível!

     Não haverá mais choro nem dor. Quer dizer: sem mais divórcios destruindo lares, sem mais nenhuma filha sendo violentada pelo próprio pai, sem mais nenhum adolescente vendendo seu corpo por dinheiro, sem mais ninguém se sentindo
inseguro porque é muito alto, ou muito baixo, muito gordo, ou muito magro, sem mais comunidades famintas por negligência do governo, sem mais nenhuma avó solitária cujo marido morreu 20 anos antes do tempo, sem mais nenhuma pessoa
talentosa perdendo a vida por uma dose de cocaína, sem mais maridos alcoólatras fazendo suas mulheres e filhos de saco de pancada, sem mais nenhum insulto ou maldade somente porque a pele de alguém é de uma cor diferente, sem mais palavras de ódio sendo faladas ou ouvidas por ninguém.

     Prepara-se para eternidade, pois o melhor está por vir. 

O MELHOR ESTÁ POR VIR

O MELHOR ESTÁ POR VIRPreletor: Roberto T. Santos

A vida eterna é incomparavelmente melhor que a vida presente
     “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” 1 Coríntios 2.9

     A vida é bela, apesar dos percalços, das limitações e privacões ela continua bela. Para os que vivem com uma centelha de esperança no peito a vida é boa e bela. A beleza está espalhada por todos os lados - na relação de um casal, no nascimento de uma criança, na gentileza compartilhada, no voo de um pássaro.

     Para todos os mortais, a vida é dor e prazer. Convivemos com os intermináveis
momentos de prazer e as inúmeras e indesejáveis experiências de desprazer. Assim é a vida. A dor da vida teve sua origem no Éden – na desobediência de Adão e Eva. Passar pela experiência do abandono, do divórcio, das doenças, das perdas, da morte, do choro e do luto, nos fazem sofrer e o sofrimento, não poucas vezes, pode produzir em nós o desejo do fim. Quem é que não sofre com uma doença que se arrasta a anos sem perspectivas de cura? Quem é quem não se comove ao ouvir sobre a violência sofrida por uma criança ou adolescente?

     A vida é muito mais do que a que vivemos aqui, ela é eterna. A vida continua. Diz o texto sagrado que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”. O melhor está por vir”.

     A escritura frequentemente fala dos novos céus e terra como o lar final do povo de Deus. O simples fato de que ele é um lar é suficiente para torná-lo desejável para nós, pois enquanto estivermos neste mundo, somos peregrinos e estrangeiros. A vida eterna é incomparavelmente melhor que a vida presente, por isso podemos reafirmar categoricamente que o melhor está por vir.

     Então, o que sabemos nós sobre o céu? A Bíblia diz que lá "não haverá mais morte ou lamentações, ou choro ou dor". Lá não haverá mais câncer, AIDS, guerras ou assassinatos. Lá não haverá mais jovens viúvas tentando criar seus quatro filhos, nem bebês sendo sequestrados por psicopatas, nem cruzes ao lado das estradas significando que alguém foi morto por um motorista bêbado, nem cidades perecendo com terremotos. Nunca mais. Isso é incrível!

     Não haverá mais choro nem dor. Quer dizer: sem mais divórcios destruindo lares, sem mais nenhuma filha sendo violentada pelo próprio pai, sem mais nenhum adolescente vendendo seu corpo por dinheiro, sem mais ninguém se sentindo
inseguro porque é muito alto, ou muito baixo, muito gordo, ou muito magro, sem mais comunidades famintas por negligência do governo, sem mais nenhuma avó solitária cujo marido morreu 20 anos antes do tempo, sem mais nenhuma pessoa
talentosa perdendo a vida por uma dose de cocaína, sem mais maridos alcoólatras fazendo suas mulheres e filhos de saco de pancada, sem mais nenhum insulto ou maldade somente porque a pele de alguém é de uma cor diferente, sem mais palavras de ódio sendo faladas ou ouvidas por ninguém.

     Prepara-se para eternidade, pois o melhor está por vir. 

DEUS NUNCA ERRA

DEUS NÃO ERRAPreletor: HMM


Tudo que Deus faz não é por acaso e sim há propósitos
     Um rei que não acreditava na bondade de DEUS. Tinha um servo que em todas as situações lhe dizia: Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito, Ele não erra!

     Um dia eles saíram para caçar e uma fera atacou o rei. O seu servo conseguiu matar o animal, mas não pôde evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.

     Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse:  Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo.

     O servo apenas respondeu: Meu Rei, apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e ele sabe o porquê de todas as coisas.

     O que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra! Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo. Tempos depois, saiu para uma outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos.

     Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no: ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.

     Ao voltar para o palácio, mandou soltar o seu servo e recebeu-o muito afetuosamente.  Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens, justamente por não ter um dedo! Mas tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende, fosse preso?

     Meu rei, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum. Por isso, lembre-se: tudo o que Deus faz é perfeito.

     Ele nunca erra! Muitas vezes nos queixamos da vida e das coisas aparentemente ruins que nos acontecem, esquecendo-nos que nada é por acaso e que tudo tem um propósito. Toda a manhã ofereça seu dia a Deus.

     Peça para Deus inspirar os seus pensamentos, guiar os seus atos, apaziguar os seus sentimentos. E nada tema, pois DEUS NUNCA ERRA!!!

     Sabe por que você recebeu essa mensagem? Eu não sei, mas Deus sabe, pois Ele nunca erra.......

     O caminho de Deus é perfeito e a sua palavra sem impureza. Ele é o caminho de todos que nele confiam, como diz em 2º Samuel - 22 - 31.

     Com certeza essa mensagem chegou em boa hora até você.

     Deus esta colocando em seu coração o desejo de enviar essa mensagem para alguém .

     faça isso não se envergonhe

     você irá mandar  para pessoa certa

     Deus sabe disso muito bem ,

     sabe por que?

     Deus nunca erra!

ATRAIA AQUILO QUE VOCE PRECISA

ATRAIA AQUILO QUE VOCÊ PRECISAPreletor: Bispo Rodovalho

Quando tomamos um posicionamento de mudança, as coisas começam a surgir
     As pessoas estão acostumadas a passarem por cima das coisas. Machucam, ferem, quebram alianças, quebram votos, fazem isso, fazem aquilo e acham que isso não vai dar em nada e dizem “depois eu me arrependo”. Dia da expiação! Arrependimento com dádivas! Algo que te custa, algo que você ama, algo que é importante para você. Algo que tem sentido na sua vida. Algo que te desafia. Lei da atração magnética, espiritual.

     Quando Deus te pedir algo, você não pode forçar a porta, arrombar, você não vai quebrar. Se seu líder espiritual lhe deu uma palavra, acredite que aquilo é um limite espiritual de Deus pra você. Se as portas se fecharam absolutamente, entenda que Deus está colocando limites de proteção na tua vida. Por que o que é seu vai ser atraído pra você em nome de Jesus Cristo.
 
       Descubra aquilo que você precisa

     Quando nos arrependemos e tomamos um posicionamento de mudança, as coisas começam a surgir, a acontecer. Se as coisas não estão chegando a sua vida, analise sua herança, analise seu passado. Clame, marque um tempo de oração, de jejum, sonde o Espírito Santo de Deus.

     Desbloqueie o seu mundo espiritual. Se pergunte o motivo das coisas não estarem acontecendo. Onde está faltando arrependimento? É ali que está travando sua vida? É ali que você decide o rumo da sua história, hoje. Se analise sempre e veja o porquê das coisas não estarem acontecendo. Peça a Deus para lhe trazer a lembrança àquilo que te limita hoje. Você irá descobrir o universo maravilhoso de graça e de favor do pai.

SETE ERROS MINISTERIAIS

SETE ERROS MINISTERIAISPreletor: Rick Warren

O que pode levar um ministério a parar no tempo
    Muitos ministérios começam com força e crescem espantosamente. No entanto, após o crescimento inicial, patinam. Tenho ouvido isso centenas de vezes da boca de pastores ao longo dos anos. Deus não quer que nossos ministérios fiquem estagnados. Para nos ajudar a ser ministros bem-sucedidos, Deus nos dá exemplos de erros a serem evitados, os quais Satanás está interessado em usar para impedir que nossos ministérios sejam aquilo que Deus quer que sejam.

1. PARE DE CRESCER

Todo aquele que se mostra resistente a uma nova forma de fazer as coisas, defendendo o status quo ou se opondo à mudança que Deus deseja que aconteça, está perto de perder seu posto de liderança.

A chave para vencer as ciladas da liderança é continuar crescendo. Continue desenvolvendo suas habilidades, seu caráter, sua perspectiva, sua visão, seu coração para Deus e sua dependência dEle. Não pare de aprender. Leia livros e revistas, leia e releia a Bíblia, relacione-se com outros cristãos, ouça fitas e participe de congressos.

2. PARE DE SE IMPORTAR

O líder que pára de ter paixão pelo ministério não irá longe. Esta é uma das armadilhas do ministério: há pastores que seguem servindo ao Senhor porque sabem que isto é o certo, mas seu coração não está mais no ministério. Não é assim que se serve a Deus.

Se você caiu nessa cilada, há esperança. Do mesmo modo como se restaura o amor no casamento, você deve fazer as coisas que fazia no princípio. Em outras palavras, comece a agir do modo como agia quando estava no primeiro amor. Mesmo que não se sinta mais apaixonado, aja de modo apaixonado. É mais fácil agir para sentir do que sentir para agir. Se você age amando, aqueles sentimentos voltarão. Faça, então, as coisas que originariamente lhe traziam alegria no ministério.

3. PARE DE OUVIR

Aprenda a ouvir e a ser sensível aos outros. Estimule as pessoas às quais serve no ministério a conversar com você. Peça-lhes para contar seus problemas, suas dificuldades, seus medos, suas aspirações, seus sonhos e suas mágoas. Seja aberto às sugestões e às críticas construtivas e busque outras perspectivas.

4. PERCA O FOCO

Muitas coisas podem distrair você do ministério. Problemas de ordem pessoal ou de saúde podem distrair você. Disputas de interesse podem distrair você. Coisas que você acha que são divertidas, boas e maravilhosas podem distrair você. Satanás não se preocupa se você não está pecando quando está distraído porque, quando você está distraído, você não está fazendo o que Deus quer que faça.

Deus quer que você mantenha o fogo. Nunca esqueça sua missão. Diz a Bíblia que “ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62). Não perca o foco.

5. FIQUE SATISFEITO

A auto-satisfação é inimiga do bom líder. Se Deus lhe diz para ir, fique firme. Jamais pare de depender do Senhor. Pare de enrolar. Corra riscos na fé. Abra a embalagem. Tente algo que não pode ser explicado pelo poder da carne. Diga a si mesmo: “O que pretendo fazer em meu ministério e que poderá falhar a menos que o poder de Deus me socorra”? A menos que Deus seja sua bóia de segurança, você não está vivendo realmente pela fé. Dependa do Senhor.

6. TORNE-SE ARROGANTE

Tenho visto acontecer demais. Quando um líder se torna arrogante, sua liderança sucumbe. Quando você acha que tudo depende de você e que não depende da ajuda do Senhor em seu ministério porque consegue manejar tudo, fique alerta.

7. FALHE EM DELEGAR

Quando um ministério patina, Deus está lhe dizendo que alcançou o limite do poder que lhe deu para fazer sozinho. Você precisa ir do fazer ao delegar.

Envolva outras pessoas em seu ministério. Torne-se um líder de ministros. Liderar ministérios é um ministério em si mesmo. D. L. Moody disse o seguinte: “Prefiro pôr dez homens para agir do que agir por dez homens”.

Se você evitar estas sete armadilhas, terá um longo caminho para construir um ministério que perdure.
PARA LER OUTRAS MENSAGENS ACESSE AQUI

CASAMENTO DURADOUROS

VIDA EM FAMÍLIA - CASAIS
CASAMENTO DURADOURO

O casamento é uma ilustração espiritual do relacionamento entre Cristo e a Igreja
     O Apóstolo Paulo diz que a esposa está “sujeita” a seu marido enquanto ele viver. “Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido” (Romanos 7:2). O princípio que podemos perceber aqui é de que alguém tem que morrer antes que o casamento acabe. Este é a visão de Deus, e freqüentemente não se relaciona com a realidade do casamento nos dias de hoje. Em nossa sociedade moderna, o casamento termina em divórcio mais de 51% das vezes. Isto significa que mais da metade dos casais que fazem os votos de que “até que a morte os separe” não chegam a tal ponto.
     Então, a pergunta se torna: o que pode o casal fazer que garanta que seu casamento será “até que a morte os separe”? A primeira e mais importante questão é a da obediência a Deus e Sua Palavra. Este é um princípio que deveria ser enfatizado na vida antes do casamento e enquanto o homem e a mulher ainda estão solteiros. Deus diz: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). Para o crente nascido de novo, isto significa jamais começar um relacionamento sério com alguém que também não seja crente. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (II Coríntios 6:14). Se este único princípio fosse seguido, pouparia-se muita dor de cabeça e sofrimento mais tarde no casamento.
     Outro princípio que protegerá a longevidade do casamento é o de que o esposo deve obedecer a Deus e amar, honrar e proteger sua esposa como faria com seu próprio corpo (Efésiso 5:25-31). O outro lado da moeda é que a esposa deve obedecer a Deus e se submeter a seu próprio marido “como ao SENHOR” (Efésios 5:22). O casamento entre um homem e uma mulher é uma ilustração espiritual do relacionamento entre Cristo e a igreja. Cristo deu a Si mesmo pela igreja e Ele a ama, honra e protege como Sua “noiva” (Apocalipse 19:7-9).
     Quando Deus trouxe Eva a Adão no primeiro casamento, ela foi feita de sua “carne e ossos” (Gênesis 2:31) e se tornaram “uma só carne” (Gênesis 2:23-24). Este é um conceito que foi perdido em nossa sociedade moderna. Tornar-se uma só carne significa mais do que apenas uma união física. Significa um encontro de mente e alma para formar uma unidade. O relacionamento vai muito além de atração sensual ou emocional e entra na esfera da “unidade” espiritual, que somente pode ser encontrada quando os dois se rendem a Deus e a si mesmos. Este é um relacionamento que não é feito de “eu ou meu”, mas de “nós e nosso”. Este é um dos segredos em se ter um casamento duradouro. Fazer que um casamento dure até que a morte leve um ou outro e os separe é algo que os dois devem priorizar. Solidificar o relacionamento vertical com Deus faz muita diferença em garantir que o relacionamento horizontal entre marido e esposa seja duradouro e que também glorifique ao SENHOR.

Data: 31/1/2011 08:48:21
Fonte: gotquestions.org

VIDA EM FAMÍLIA - CASAIS

VIDA EM FAMÍLIA - CASAIS
HIPOCRISIA NA FAMÍLIA CRISTÃ

Quão desumano pode ser o meio cristão com aquele que se afastou da fé? O melhor é orar
     É cada vez mais comum ouvir a expressão ‘família cristã’ em nosso meio, vejamos a relevância de tal assertiva.
     Para a sociologia, a família é o grupo responsável pela socialização primária, é o agente que primeiro atua em nossa formação. A família se vale de métodos educativos para tornar a criança capaz de enfrentar a sociedade com paridade psicológica.
     Para o Direito, a família tem grandes responsabilidades no que tange à formação do ser humano. Citamos aqui, o art. 55 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) que estabelece o dever dos pais de matricular o filho na escola, assim como o art. 246 do Código Penal que prevê sanções aos genitores que abandonam intelectualmente seus filhos. Por último, os arts. 226 a 230 da Constituição Federal que afirmam ser  a família a base da sociedade. Há inúmeros outros dispositivos que demonstram a importância da família no processo de crescimento psicossocial do indivíduo.
     A Bíblia, não por menos, até por ser a fonte inspiradora do conceito cultural e jurídico ocidental de família, impõe instruções à família em 1Cor 7:12-14,39, Mc 10:6-8, Ef 5:21-29;6:1-4, Col 3:20,21, 1Pd 3:1-6, 1Tm 5:4,8-10,14, 2Cor12:14. O próprio Cristo teve uma família, como nos é lembrado em Mc 6:1-3 _ “Saiu de lá e foi na sua terra e os discípulos o seguiram (…)Não é ele o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, Joseph, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco?”Mais do que ter uma família, Cristo nos ensinou como tratá-la. Em Mc 2:51-52 “Jesus desceu com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardava todas estas coisas no coração”  
     Porém, a expressão ‘família cristã’, diferentemente dos enfoques anteriores, não se aplica apenas à família de sangue. Sendo mais específico, temos um Único Pai nas palavras do próprio Cristo, o Pai nosso, confirmado por Miquéias em seu livro cap. 2:10 “Não temos talvez, todos nós um único pai? Não temos um único Deus, nosso criador? Por que, então, se tem perfídia com o próprio irmão, profanando a aliança dos nossos pais?. Logo, biblicamente somos todos uma única família, enquanto filhos de um mesmo Deus (Jo1:12). Há ainda outra relação dessa expressão e o uso que dela fazemos apresentada em Gen. 49:1-2 “Jacó chamou os seus filhos e disse: ‘reuni-vos para que eu vos anuncie o que sucederá nos dias vindouros. Reuni-vos e escutai, filhos de Jacó, escutai Israel vosso Pai.” Jacó, portanto, dizia-se pai de um povo, tal qual Deus se define como nosso pai.
     Bem, é fato que estamos corretos ao empregar tal expressão, sendo possível dizer, inclusive, que nos tratar como família é algo acertadamente sagrado. Infelizmente, a realidade não corrobora com o ideal. O que seria algo grave, já que se nos intitulamos família cristã e não vivemos como tal, estaríamos fazendo uso de uma inverdade, para não precisar dizer uma mentira. Porém, quem é o pai da mentira senão o próprio Satanás? Então, se a expressão família cristã, no contexto empregado, não passa de uma farsa que contribui para criar uma máscara de um ideal que por estar mascarando uma mentira nunca será atingido, não seria melhor nunca ser empregada?
     Para que possamos entender melhor a gravidade da situação, numa questão tão delicada como essa, vamos aos fatos. Hoje vivemos um momento de “oba-oba”, os cristãos se dirigem uns aos outros como família, mas nem ao menos sabem o nome uns dos outros. Dizem-se amigos, mas nem sequer sabem como vai realmente a vida da maioria desses ditos amigos.
     O pior não anda acontecendo dentro da Igreja. “Falta de amor” é a expressão em destaque na comunicação entre irmãos, bem como na ausência de preocupação, na sua não fidelidade, na sua não confidência, no seu não respeito. É ainda mais sério quando o alvo é aquele que já foi um dia parte da família. Quão desumano pode ser o meio cristão com aqueles que se afastaram da fé! Ao invés de orarmos, amarmos, ajudarmos, suportarmos aqueles que pelos caminhos das sombras se esgueiraram (aliás, esses pelo menos estão frios, precisam ser esquentados, não estão prestes a serem vomitados pela boca de Deus).
     Parece que temos uma necessidade sobrenatural de transformarmos aquele antigo “brother” em “big brother”. Por isso, assim como na síndrome do BBB, que nos impulsiona a falar da vida de desconhecidos que aparecem na televisão, somente por falar e fofocar, falamos da vida desses nossos antigos “brothers” que agora são nada mais do que “Deus me livre ficar como fulano”. Nada mais comum do que em rodas de amigos cristãos termos uma carnificina. Se uma pessoa está mal, melhor assunto não há.
     A verdade é que estas pessoas dificilmente terão a chance de se redimir, é um peso triplamente pesado para que elas tenham essa chance. Porque primeiramente terão que adquirir a força de se redimir e confessar a Deus tendo, no lombo, o peso daqueles que só sabem apontar o dedo e virar as costas. Em segundo lugar, os que não apontam o dedo, em sua grande maioria, não fazem esforço nenhum para ajudar ou suportar (dar suporte) tal pessoa, afinal, “ela está afastada” ou “ela caiu”. Por último, a pessoa teria que adquirir a força para agüentar os olhares cortantes quando conseguisse superar a distância e tentasse voltar para o corpo. Força porque em rodas de fofoca tornou-se quase que o filho do demônio, senão o próprio, (uma vez que abandonara a Deus) que milagrosamente volta à vida na “família Cristã”. É, pois, motivo de desconfiança e desconforto para as grandes línguas e os olhos desesperançosos.
     Não cabe a mim julgar, mas que isso são fatos, acho que poucos hão de discordar. Também não acredito que isso seja uma regra geral (que caiba para todos), mas tenho uma segura e triste impressão de que seja a regra, não a exceção. Por mais quanto tempo iremos nos tratar cegamente, iremos brincar com a vida de pessoas que muitas vezes confiam em nós? De mais quantas pessoas mataremos a chance de se redimir para alimentar a conversa em uma rodinha de amigos que visa alimentar o ego ao dizer “graças a Deus eu não estou assim”???? Chegou a hora de mudar, chegou a hora de sermos família para com a família “de fato”! Chegou, sobretudo, a hora de pararmos de olhar para o lado e fazermos a nossa parte para que esse ideal (família cristã) seja verdade. Vocês acham que eu quero dizer  “família cristã, NÃO!!”? Muito ao contrário, FAMÍLIA CRISTÃ SIM. SIM no ideal, e muitos mais sim’s na prática, em nossas vidas, em amor, em confiança, em lealdade, em esperança, em Deus, nosso Pai e guia.
     Nunca percam a esperança nem mesmo naqueles que um dia se afastaram da esperança, ainda que seja apenas uma esperança em oração. Contudo, tenham certeza disso, “que aquele que em vós começou a boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Jesus Cristo” (Fl1:6), em vós e neles.
     Façamos um trato. Cada vez que começarem uma conversa que envolva pessoas que se afastaram, deixem que o papo continue apenas se quem começou o papo esteja disposto a não só fofocar da vida alheia, mas que pretenda igualmente edificar a Igreja. Que seja uma conversa em que todos os participantes comecem a orar e, quem sabe, fazer outras coisas para suportar (dar suporte) quem está mal. Caso contrário, interrompa a conversa e alerte a todos da gravidade do papo inútil que terão.
     Esse é um dos meus questionamentos quando se fala acerca de família cristã. Ainda sim, existem coisas que me incomodam e machucam mais profundamente que essas. Porém, desejo que cada um faça a sua parte e que a família seja uma realidade aconchegante, acolhedora e que consiga aquecer o coração mais frio na sua presença e não apenas um ideal imaginário na vida morna de cada dia.

Data: 9/2/2011 09:32:14
Fonte: outrasfronteiras.com.br

Obrigado Sogra

VIDA EM FAMÍLIA - CASAIS
OBRIGADO, SOGRA

A sogra é a reconciliadora, a fiadora e a sustentação do casamento
     Infidelidade, falso testemunho, difamação, seja lá o que você aprontou, conte com o auxílio da sogra.
     A ala masculina reclama dela, mas não deveria; é a fiadora dos namoros, sustenta casamentos, firma afetos, soluciona dilemas com seu exemplo vivo.
     Em especial, quando mora longe. Quando reside no interior. Nos grotões. Nos baldios do mundo.
     Não é uma ironia. Não é que a distância ajuda.
     A mãe de sua namorada é a única que pode salvá-lo numa separação. É a Suprema Corte do Amor.
     Não vai defendê-lo, esqueça. Não vai aconselhá-la a retomar os laços, esqueça também. Toda mãe deseja que sua filha acabe como uma tia solteirona. Essa história de arrumar um bom partido, um genro educado é canção de ninar. Mãe anseia, por dentro, que sua filha permaneça sozinha para manter a influência. Resgata o romance de modo involuntário. Realmente sem querer, mas funciona certo como unguento.
     É até recomendável que sua mulher procure a sogra em vez da amiga. Se ela dormir na residência da segunda, as probabilidades de reatar são mínimas. A amizade não tem dó, a confidente sentenciará que você não a merece, é isso que todas dizem sobre os homens ao final da catarse.
     Deixe-a seguir ao colo materno para curar as mágoas e as dores. É melhor do que um spa, mais seguro do que um convento, mais isolado do que uma masmorra. A visita gera o efeito contrário.
     Minha colega de italiano, Francieli, discutiu feio com Roberto, estão casados há cinco anos. Homem adora lugar-comum e repetir clichês no relacionamento, chegou de madrugada do que era para ser um jogo de futebol e não passou no bafômetro do beijo. Respondeu, na maior cara-de-pau, que não bebeu.
     Francieli pensou: se ele é incapaz de inventar uma mentira não merece uma segunda chance. Arrumou a mala e partiu para sua mãe, em Caxias do Sul. Dois dias de silêncio e greve com o marido, não atendendo telefone, não respondendo torpedo. A situação parecia séria, irreversível, carregada de orgulho e ressentimento.
     Na segunda-feira, de repente, Francieli retorna para casa extremamente feliz. Outra cara, outra simpatia, disponível para ouvir a versão do que aconteceu naquela noite.
      Perguntei o motivo da mudança.
     — Eu não aguentei mais ficar na mãe. Não tive um minuto de sossego. Vi o quanto minha adolescência foi infernal. Ou me cobrava que deveria aprender a guardar as coisas ou que não prestava atenção ou que minha roupa estava com pelo de gato.
      Francieli visita a mãe para falar mal de Roberto e volta para falar mal da mãe.
      Uns dias com ela é sempre garantia de reconciliação.

Data: 21/2/2011 09:09:08
Fonte: pavablog.com

VIDA EM FAMÍLIA - CASAIS

VIDA EM FAMÍLIA - CASAIS
AS INFLUÊNCIAS NA FAMÍLIA MODERNA

Muitos vêem nos evangélicos a solução para o país
     Olhando ao redor, talvez muitos de nós concluamos que a vida está muito difícil. E difícil para todo mundo. Os que são otimistas, não por conta de qualquer sentimento sem base, mas por conta da esperança cristã que foi plantada em seus corações, hão de olhar para as dificuldades e ver nelas oportunidades de crescimento. Isso é bom. Enquanto houver esperança, haverá sonhos; e enquanto houver sonhos, haverá chance de mudar o real.

     Muitos vêem nos evangélicos a solução para o país. Mas, para que os evangélicos ocupem o seu lugar no Brasil e no mundo, é preciso que Jesus ocupe o seu lugar na vida e no coração dos evangélicos. Queremos conquistar o mundo, mas ainda não fomos civilizados. Queremos governar, mas ainda não nos submetemos totalmente ao senhorio de Cristo. E enquanto isto não ocorrer, a Igreja continuará apequenada; sofrendo do mal de estar perto e não conseguir chegar. O que fazer? Como vencer tudo isto?

     Vamos procurar mostrar alguns desafios que se apresentam para a Igreja de Cristo no alvorecer deste novo século. Mais que isto: De que forma a família pode representar e refletir estes anseios mais caros do Evangelho e que precisam ser vividos para serem passados como herança às gerações vindouras? Esta é a pergunta central que vamos procurar responder neste estudo.

      O desafio da compreensão de seu lugar no mundo

      Que papel deve desempenhar uma família cristã hoje? De que forma esta família pode ser significativa para a sociedade em que vive? O que será que os outros, os não-cristãos, esperam das famílias cristãs? Estas são perguntas de grande relevo, posto que nos levam a refletir sobre a participação que devemos ter como famílias cristãs em nossos dias. E o que Deus espera de nós? Vivemos o eterno conflito do "estar no mundo sem ser do mundo" (Jo 15.19). Isto nos aponta dois aspectos básicos que precisam ser experenciados com sabedoria:

     1º) Somos família como qualquer outra. Ou seja, somos uma família normal. Temos direito de nos angustiar, quando alguma coisa nos aflige; chorar, quando estamos entristecidos; sorrir, quando há alegria; divertir, quando há motivo para isso.
Vivemos a experiência da vida dentro dos parâmetros normais da humanidade que em nós ainda fala alto e por isso: amamos, cantamos, gritamos, corremos, saltamos, nos cansamos, comemos, bebemos e dormimos.

Somos o que somos nos louvores ou nos folguedos; nas ambições ou nos fracassos; nas conquistas ou nas esperas. Enfrentamos as filas do INSS; o aperto do salário pequeno; o desgaste das filas de banco; a dor da perda de um ente querido; o cansaço de um dia fastiento; as inseguranças de um filho; as doenças de um familiar e muito mais.

Ser família para nós, possui todos os componentes naturais de uma família moderna que precisa acordar cedo para o trabalho ou a escola, que precisa ser responsável e ter o seu ganha-pão, que precisa se imbuir de esperança, coragem e forças para enfrentar todas as vicissitudes da vida. Nada foge à regra da existência comum debaixo desse sol que continua sempre o mesmo: a brilhar e a aquentar maus e bons desde a fundação dos tempos (Ec 1.9; Mt 5.45).

2º) Somos família de uma forma diferente. Quer dizer, não dá para anunciar que somos salvos, que temos a Cristo como nosso Salvador pessoal, e não mostrar para o mundo, e para a vizinhança de forma especial, a nova vida em Cristo. É preciso que nossa vivência familiar na rua em que moramos e no bairro de nossa residência demonstre alguma coisa diferente que é exatamente esta presença restauradora de Cristo em nós.

Seremos famílias normais, mas famílias que se pautam por um diferencial: O reinado de Cristo sobre suas vidas. Famílias onde há lutas e há dificuldades; mas há força de vontade, há comunhão, há harmonia, há desejo de superação, há expectativas, tudo isso à partir da atuação vitoriosa de Deus em nossas vidas.

As pessoas lá fora, quando têm problemas, enchem a cara de cachaça, se drogam, se prostituem e tornam suas vidas mais caóticas ainda. Nós, pela presença do Espírito de Deus, enfrentamos as crises familiares com joelhos no chão, em oração; com dependência de Deus, em submissão à sua vontade.

Temos este grande desafio de compreender o nosso papel como famílias cristãs, vivermos o Evangelho condignamente e ser sal e luz para aqueles que precisam do nosso testemunho para se encontrar com Deus.

      O desafio da manutenção de valores

     Outro desafio para a família cristã, que nos levará a ser mais do que vencedores sobre os problemas deste mundo (Rm 8.31-39), é a manutenção dos valores cristãos. Também, neste ponto, poderemos ser tidos como "esquisitões" pelos lá de fora; taxados de "extra-terrestres espirituais" ou alcunhas semelhantes, mas disso não poderemos escapar e isto não devemos temer.

     A Bíblia já revela que o homem natural não consegue compreender as coisas de Deus:  "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucuras; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.14). Então, de uma certa forma, haveremos de ser diferentes do padrão normal vigente em nossa sociedade. Muitos devem estranhar a nossa forma de "guardar" o Dia do Senhor. Devem se perguntar: "Estes crentes não se cansam de ir à Igreja todos os domingos não?" Para eles, este é um costume enfadonho. Quando você, como crente, começa a se perguntar assim: "Será que tenho que ir todo domingo à Igreja mesmo?", é sinal de que está começando a haver um problema em sua vida espiritual que precisa ser resolvido logo.

     É de bom tom que a Igreja, mesmo em pleno Século XXI, continue a condenar o uso de bebidas alcoólicas (a bebida mata mais que as drogas e a sociedade finge não ver!); o cigarro e derivados; qualquer espécie de droga; as jogatinas, sejam elas legalizadas (Baú da Felicidade, raspadinhas, loto, loteria, loteca, loto-mania etc) sejam clandestinas (nem tanto: jogo do bicho, bingos, cassinos, máquinas caça-níqueis); os bailes, as danças e similares. E todo comportamento inadequado para o cristão, que menospreze sua fé e embote a atuação de seu Deus.

     Permanecer nos valores do amor, da graça, da misericórdia, da piedade, da justiça e de tantas outras virtudes como exemplificadas no "fruto do Espírito" (Gl 5.22,23), deve ser o objetivo da família cristã que quer vencer este mundo presente.

      O desafio da busca de relacionamentos conforme a vontade de Deus

     A família cristã também vence os problemas do mundo moderno, com um padrão de relacionamento, seja conjugal (marido e mulher), filial (pais e filhos), fraternal (irmãos em Cristo) e vivencial (vizinhança e colegas diversos) vivendo-o em moldes superiores aos demonstrados por aqueles que não têm o temor de Deus (Mt 5.20).

     Como conseguir isto? Através da experiência de fé e dependência de Deus. Para tanto, precisa-se cultivar o sadio hábito da comunhão na Palavra, diariamente, no lar. Ler a Bíblia e orar todos os dias com as crianças e todos da casa, forma valores e molda o caráter de uma forma que só podemos aquilatar quando nos tornamos adultos.

     O relacionamento de um casal crente há que ser na base do amor, da espiritualidade, da compreensão, do diálogo, do carinho, do respeito mútuo e da aceitação da humanidade de um e de outro. Quando um casal procura ajustar-se, entendendo-se e fortalecendo-se mutuamente, fica mais fácil enfrentar as lutas da vida.

     Da mesma forma, o relacionamento com os filhos há de ser respeitoso, ordeiro, amoroso, altruísta e pleno de espiritualidade. A harmonia do lar precisa ser sentida em cada instante, desde os momentos mais difíceis até aqueles em que se desfrute de abundância.

     Devem, também, os membros da família cristã, procurar manterem-se firmes na busca de dar testemunho vivo da presença de Cristo em suas vidas. A boa convivência com os outros; o relacionamento amistoso com vizinhança, respeitando-se as regras do bom viver; tudo isto contribuirá para a conquista de um mundo melhor.

      Aplicações para a vida
     
     Ainda há outros desafios de que deveríamos falar: "o desafio do exercício da autoridade com responsabilidade", "o desafio da vivência de um estilo de vida simples", "o desafio do amor ao próximo", "o desafio da religiosidade verdadeira", dentre outros. Vamos ficar com estes e perceber que venceremos todas as circunstâncias adversas da vida, à medida em que aceitarmos estes desafios e procurarmos refletir a luz de Cristo em nós.
               
     Vamos focar, então, esta afirmação de Jesus para encerrar o estudo, aplicando-o em nosso viver: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.16).
               
     1ª) A família precisa resplandecer a luz de Cristo - Cada crente precisa entender que não tem luz própria, é planeta, não estrela, portanto, precisa refletir a luz de Cristo. Só ela nos garante qualidade de vida.
               
     2ª) A família precisa mostrar qualidade dentro e fora do lar - O resplandecimento da família cristã é para dentro e para fora. É diante dos homens. Que nos observam como somos em casa e como somos fora de casa.
               
      3ª) A família precisa evidenciar obras espirituais - Se não tivermos boas obras para mostrar, por onde andará a nossa fé? Como disse Tiago, "a fé sem obras é morta" (Tg 2.17).
               
       4ª) A família precisa entender que tudo o que fizer será para a glória do Pai - A humildade é uma das mais nobres virtudes cristãs. A família precisa desenvolvê-la e saber que tudo o que fizer na demonstração da luz de Cristo será para a glória de Deus e não para a vanglória humana.

Data: 24/2/2011 09:28:17
Fonte: Netsaber

Turismo

CRESCE A PROCURA POR PROTESTANTES
Turismo alemão espera grande parte de religiosos visitando o país
     O segmento turístico alemão espera uma crescente presença de visitantes religiosos naquele país nos próximos anos. A divulgação da proximidade da data em que a Reforma Protestante completa 500 anos já começou em vários países, inclusive o Brasil. Na página da entidade na Internet, que promove o turismo em terras germânicas, já existe conteúdo especificamente relacionado ao evento, que acontece em 2017, com o objetivo de mobilizar mais caravanas de fieis turistas. Neste site, os autores tentam resumir a importância do evento da seguinte forma: "A Igreja Católica Romana medieval era poderosa, dona de muita terra e riquezas. Os pré-reformadores Jan Hus e John Wycliffe criticavam uma crescente secularização e falta de piedade de monges, padres e bispos, pavimentando o caminho para homens como Martinho Lutero, João Calvino e Zwinglio. Em 31 de outubro de 1517, Lutero pregou na porta da igreja de Wittenberg suas 95 teses denunciando a venda de indulgências. Largamente difundidas como o início da Reforma, tais iniciativas mudaram o curso da história – e seu 500º aniversário acontece em 2017. Nos próximos anos, haverá diversos eventos na Alemanha, tais como seminários, exposições, festivais e concertos, para compor a cena das celebrações que virão naquele ano". O site também disponibiliza uma biografia de Lutero, um pouco de história, informações sobre seus contemporâneos e imagens de época.
     Lá você vai encontrar textos como este: "A vida e história de Martinho Lutero estão sem dúvida atreladas a inúmeros locais na Alemanha. Wittenberg, por exemplo, conhecida por Lutherstadt (a cidade de Lutero), é onde ele pregou suas 95 Teses à porta da Igreja-Castelo da cidade, em 1517, iniciando a Reforma Protestante na Alemanha. De acordo com Martinho Lutero, a Reforma era uma luta pelos evangelhos e uma chance para que ele conseguisse reformar a Igreja Católica e levar o Cristianismo de volta às suas raízes".
     "Porém, Wittenberg não foi o único local onde a vida de Martinho Lutero desenrolou-se. Parte da história de Martinho Lutero inclui o tempo em que passou no Castelo de Wartburg, próximo a Eisenach, de maio de 1521 a março de 1522, onde traduziu o Novo Testamento para o alemão". O site menciona uma lista de locais relacionados à vida de Martinho Lutero: Wittenberg, Eisleben, Eisenach, Erfurt, Dresden e Leipzig.
     Outra informação interessante é sobre a composição religiosa do povo alemão: "Nos dias de hoje os Católicos Romanos, principalmente concentrados no sul, representam 30% da população Alemã. Os Protestantes, a maioria deles luteranos, representam 30% da população e concentram-se ao norte. Aproximadamente 4% dos alemães são Muçulmanos e uma pequena porcentagem é formada por Judeus. Hoje em dia, a Alemanha possui a comunidade judaica que mais rapidamente cresce na Europa, e que é constituída em sua maioria por judeus de países do Leste Europeu, que começaram a se estabelecer nas grandes cidades da Alemanha, particularmente em Berlim."
     Eles também mencionam possibilidades de outros roteiros de turismo religioso, além do relacionado à vida de Lutero: "As pessoas que visitam a Alemanha podem vivenciar as grandes religiões mundiais e aprender em primeira mão e em profundidade sobre suas origens históricas e tradições passadas e presente, em vários museus, memoriais e construções religiosas, além de locais de peregrinações, espalhados por todo o país".
     São roteiros sugeridos, além de "Seguindo os passos de Martinho Lutero": "Alemanha para viajantes judeus"; "Peregrinações Católicas"; "Peregrinações na Baviera"; "Seguindo os passos do Papa Bento XVI".

     Mais informações:

     Em português, você pode ler o site www.visitealemanha.com.
     Em inglês: www.germany-tourism.de.
     Em alemão, há o www.luther2017.de.

Data: 25/11/2010
Fonte: Agência Soma

31 de outubro não é dia de halloween!!!

TEOLOGIA
A REFORMA
31 de outubro não é dia de halloween!!!
O mundo da Reforma era bastante agitado e muito parecido com o nosso mundo de hoje. As transformações aconteciam rapidamente. As pessoas dormiam achando que o mundo era quadrado e acordavam com a notícia de que o mundo era redondo. Elas acordavam achando que o sol girava em torno da terra e iam para a cama depois de ouvir que era a terra que girava em torno do sol. Elas imaginavam que viveriam a vida inteira trabalhando nos campos dos feudos e, de repente, viam-se trabalhando nas feiras das cidades. Quase que ininterruptamente, as pessoas começaram a ser bombardeadas pelas notícias das mudanças, que não mais vinham na velocidade galopante do cavalo, mas sim na velocidade estonteante das caravelas, como as de Cristovão Colombo e Pedro Álvares Cabral.
As tantas mudanças no mundo e na forma de interagir com o mundo deixaram as pessoas cambaleantes. De repente, elas já não mais sabiam o que era certo e o que era errado, o que era verdadeiro e o que era falso, o que era eterno e o que era temporário. Aquelas instituições que, durante tantos anos, traziam segurança e idéia de estabilidade, estavam em xeque. O ar da Europa do século XVI parecia carregado de mal-estar e de angústia. Havia um frio na barriga, uma sensação de vazio, um buraco no coração e na alma das pessoas. A vida com a qual estavam acostumadas, os princípios que usavam para sustentar as suas decisões, os nortes que pareciam tão seguros para apontar as direções corretas, tudo começou a desaparecer diante dos olhos das pessoas. A vila onde moravam, o bairro onde viviam, a região onde habitavam, o mundo que elas conheciam estava se tornando um lugar diferente; e pior, ninguém havia sido adequadamente preparado para enfrentar e lidar com essas tantas mudanças em tão pouco tempo.
Até mesmo a religião, que, como instituição, durante tanto tempo, havia se arvorado do poder de preencher o vazio do coração das pessoas, foi questionada. Algumas pessoas, de dentro da própria igreja, perceberam os abusos e as estranhezas (compra de bênçãos e barganhas com Deus) praticadas em nome de Deus. E em nome de Deus, cheias do temor divino no coração, essas mesmas pessoas começaram a pregar, a escrever e a criticar as esquisitices e explorações que percebiam na igreja. (No meio das tantas mudanças no mundo, essas pessoas ansiavam por uma mudança no coração, no seio da igreja e na sociedade.) Algumas dessas pessoas, como John Huss da região da Boêmia, foram chamadas de hereges e queimadas vivas. Outras viveram e morreram, mas tiveram, posteriormente, os seus ossos desenterrados e queimados, como Wycliff da Inglaterra.
No meio dessas mudanças no mundo e dessas guerras dentro da igreja, um homem, como tantos outros, angustiado e cheio de perguntas, procurava um porto seguro para a sua alma. O seu nome era Martinho Lutero. Ele havia tentado encontrar a sua paz e as suas respostas em diversos lugares. Primeiramente, ele se dedicou ao estudo do Direito e, depois de formar-se advogado, descobriu que não tinha encontrado as respostas que procurava. Então ele abandonou tudo, o Direito e a posição social, e se enclausurou em um Mosteiro Agostiniano. Anos depois, a sua alma continuava vazia e desesperada. A religião, com todos os seus esquemas e rituais, também não havia conseguido aquietar o desespero da sua alma. Nem mesmo as penitências, os muitos jejuns, orações e peregrinações conseguiram trazer-lhe a segurança que buscava e a paz que desejava.
No meio desse clima de mudanças constantes e de inseguranças extremas, de desespero e de incerteza de alma, Lutero, depois de anos na religião, leu a Bíblia pela primeira vez e teve o seu primeiro encontro com a Palavra de Deus! Aquilo que as instituições, as pessoas, os estudos, a religião e as penitências não haviam conseguido fazer, a Palavra de Deus fez! Pela primeira vez na vida, depois de tantos anos de busca, Lutero experimentou a doçura de Deus no seu coração. Ele reconheceu que Deus é gracioso e que Jesus é o Único que pode trazer a paz de Deus ao nosso coração. Ele descobriu que a sua confiança precisava ser depositada totalmente em Jesus e em nada mais. Não era o mundo e nem as pessoas, a religião e nem as instituições, a justiça do homem e nem os esforços humanos; mas somente Jesus é quem pode trazer segurança ao nosso pequeno barco existencial no meio do mar agitado da vida.
Lutero se tornou um ávido leitor das Escrituras! Ele não somente se dedicou a ler a Bíblia, mas sobretudo a estudar a Bíblia. Cada livro, cada texto, cada palavra, tudo na Palavra de Deus trazia doçura e paz ao coração de Martinho Lutero. O seu alvo não era conhecer apologeticamente as Escrituras, mas conhecer a Cristo e relacionar-se com o seu Salvador e Senhor. Ele não lia a Bíblia para preparar sermões ou para apresentar alguma defesa do Evangelho, mas para conhecer a Jesus e o poder da ressurreição.
O seu amor por Deus tornou-se intenso amor pelas pessoas. A sua entrega a Deus tornou-se entrega às pessoas da comunidade onde ele vivia. Por isso, ele começou a pregar, não mais os livros escritos pelos homens e nem as propostas apresentadas pela instituição chamada igreja, mas sim a Palavra de Deus. Quase diariamente, ele subia ao púlpito da igreja da sua cidade Wittemberg, Alemanha, para proclamar as verdades das Escrituras. Ele ansiava por compartilhar com os outros a Verdade que o havia libertado do medo e da ansiedade, das prisões e das cadeias, das mentiras e acusações das trevas, do pecado e da condenação.
Foi nesse contexto de encontro com Deus e de paz em Jesus, de amor ao Senhor e de entrega às pessoas, que Martinho Lutero foi usado pelo Senhor para iniciar um movimento de Reforma na Alemanha. Quando no dia 31 de outubro de 1517 ele pregou as suas 95 teses contra a cobrança das indulgências nas portas da Catedral de Wittemberg, o seu único desejo era o de compartilhar a Verdade que havia mudado a sua história e havia sido âncora para a sua alma. Ele queria tão somente mostrar para as pessoas que, no meio das tantas mudanças no mundo ao redor, existe Alguém que permanece amando e chamando as pessoas para ancorar-se Nele, que é fiel e não é levado pelas correntes do mundo ou pelas mudanças dos tempos.
Deus não nos ama mais ou ama menos segundo o tamanho da nossa contribuição para a igreja; Ele não nos ama mais ou ama menos segundo o tamanho dos nossos sacrifícios em nome dele; Ele não nos ama mais ou ama menos segundo a proporção do nosso envolvimento em algum trabalho social. Deus simplesmente nos ama com um amor que não muda e nem oscila ao sabor das mudanças que acontecem em nós e à nossa volta. A cruz do calvário é a maior prova desse amor eterno de Deus para conosco. Deus já provou o quanto nos ama! Jesus já se entregou e morreu por amor a nós na cruz do Calvário (Romanos 5.8)! O amor de Deus por nós é conseqüência direta do amor que Deus tem por Jesus Cristo. Somos amados por Deus por meio de Jesus Cristo que nos amou e se entregou por nós! Essa é a transformadora mensagem da Bíblia; essa é a doce mensagem do Evangelho.
Essa foi a mensagem que Lutero descobriu e continuou redescobrindo enquanto meditava diariamente nas Escrituras. Essa foi a mensagem que o impulsionou a escrever as suas 95 teses contra as indulgências. O amor de Deus derramado em seu coração e experienciado a partir da sua leitura e meditação das Escrituras foi a âncora que o sustentou quando foi pressionado a negar o que Deus lhe havia falado. Diante dos ventos fortes que batiam contra ele e das autoridades que ordenavam que ele se retratasse, Lutero proclamou: “Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão – porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos – pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável. Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude!”
E o Senhor Deus ajudou Martinho Lutero. Tentaram amedrontá-lo, excluí-lo, prendê-lo e matá-lo; jogaram pessoas e reinos contra ele, exércitos e instituições, acusações e maldições, mas o Senhor Deus o protegeu e o livrou de tudo e de todos. Lutero descansou no Senhor com a idade de 62 anos, vindo a falecer no dia 18 de fevereiro de 1546. E a sua descoberta da Bíblia e da pessoa de Jesus não ficaram guardadas só para ele. Ele deixou um legado. Não foi somente ele que experimentou a doçura de Jesus e a segurança em Jesus nos dias turbulentos de sua época, mas outras pessoas também puderam conhecer e se encontrar com Jesus a partir das Escrituras que foram traduzidas para a língua do povo e colocada nas mãos das pessoas. Se até então os alemães não podiam ler a Bíblia, depois de Lutero, que traduziu a Bíblia para o alemão, as pessoas começaram a ter acesso à Palavra de Deus, que tem poder para libertar e ancorar a alma em Porto Seguro. A volta à Bíblia e o amor pela Palavra de Deus iniciaram e levaram o acontecimento da Reforma, do amor e doçura de Jesus,  para a Alemanha, Europa e o mundo!
Se olharmos para o nosso contexto atual, vamos perceber que vivemos dias parecidos com os dias da Reforma. Parece que o nosso mundo está dia após dia se dissolvendo debaixo dos nossos pés. As coisas têm se relativizado, as instituições começam a ser questionadas, o mundo parece estar vivendo uma era de transformação e de instabilidade. Temos medos, inseguranças e ansiedades. Todos esses sentimentos e sensações são como cheiros e aromas percebidos no ar de nossas cidades e nações. Nós e todos à nossa volta estão à procura de um Porto Seguro. Não existe outro lugar para onde voltarmos, senão para a Palavra de Deus. Não existe resposta ou segurança, senão em Jesus Cristo, o Verbo que se fez Carne, o Emanuel, o Deus conosco, o Deus que ama e nos chama para um relacionamento com Ele.
Que o Senhor nos ajude!
Gustavo Bessa.

A Nova Reforma Protestante

TEOLOGIA
A NOVA REFORMA PROTESTANTE
Època traz reportagem sobre críticas ao modelo teológico
Inspirado no cristianismo primitivo e conectado à internet, um grupo crescente de religiosos critica a corrupção neopentecostal e tenta recriar o protestantismo à brasileira
0,,42920776,00 A nova reforma Protestante (1)
Rani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.
Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais experientes.
Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.
Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, a hegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade” (leia o quadro abaixo). Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.
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SÍMBOLO O cirurgião Irani Rosique (sentado, de camisa branca, com aBíblia aberta no colo). Sem cargo de clérigo, ele mobiliza 2.500 pessoas no interior de Rondônia
Dentro do próprio meio, levantam-se vozes críticas a esse crescimento. Segundo elas, essemodelo de igreja, que prospera em meio a acusações de evasão de divisas, tráfico de armas e formação de quadrilha, tem sido mais influenciado pela sociedade de consumo que pelos ensinamentos da Bíblia. “O movimento evangélico está visceralmente em colapso”, afirma o pastor Ricardo Gondim, da igreja Betesda, autor de livros como Eu creio, mas tenho dúvidas: a graça de Deus e nossas frágeis certezas (Editora Ultimato). “Estamos vivendo um momento de mudança de paradigmas. Ainda não temos as respostas, mas as inquietações estão postas, talvez para ser respondidas somente no futuro.”
Nos Estados Unidos, a reinvenção da igreja evangélica está em curso há tempos. A igreja Willow Creek de Chicago trabalhava sob o mote de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja” desde o início dos anos 1970. Em São Paulo, 20 anos depois, o pastor Ed René Kivitz adotou o lema para sua Igreja Batista, no bairro da Água Branca – e a ele adicionou o complemento “e uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar”. Kivitz é atualmente um dos mais discutidos pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos principais críticos da“religiosidade institucionalizada”. Durante seu pronunciamento num evento para líderes religiosos no final de 2009, Kivitz afirmou: “Esta igreja que está na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, e não com esta igreja evangélica brasileira.”
Essa espécie de “nova reforma protestante” não é um movimento coordenado ou orquestrado por alguma liderança central. Ela é resultado de manifestações espontâneas, que mantêm a diversidade entre as várias diferenças teológicas, culturais e denominacionais de seus ideólogos. Mas alguns pontos são comuns. O maior deles é a busca pelo papel reservado à religião cristã no mundo atual. Um desafio não muito diferente do que se impõe a bancos, escolas, sistemas políticos e todas as instituições que vieram da modernidade com a credibilidade arranhada. “As instituições estão todas sub judice”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie de São Paulo e pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão. “Ninguém tem dúvida de que espiritualidade é uma coisa boa ou que educação é uma coisa boa, mas as instituições que as representam estão sob suspeita.”
Uma das saídas propostas por esses pensadores é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional. Segundo eles, a igreja protestante (ao menos sua face mais espalhafatosa e conhecida) chegou ao novo milênio tão encharcada de dogmas, tradicionalismos, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica que Martinho Lutero tentou reformar no século XVI. “Acabamos nos perdendo no linguajar ‘evangeliquês’, no moralismo, no formalismo, e deixamos de oferecer respostas para nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchôa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. “É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo.”
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“É lisonjeador saber que nos consideram ‘pensadores’. Mas o grande problema dos evangélicos brasileiros não é de inteligência. É de ética e honestidade” RICARDO AGRESTE, pastor da Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera, em Campinas, São Paulo
Uchôa lidera a maior comunidade anglicana da América Latina. Seu trabalho é reconhecido por toda a cúpula da denominação como um dos mais dinâmicos do país. Ele é um dos grandes entusiastas do movimento inglês Fresh Expressions, cujo mote é “uma igreja mutante para um mundo mutante”. Seu trabalho é orientar grupos cristãos que se reúnem em cafés, museus, praias ou pistas de skate. De maneira genérica, esses grupos são chamados de “igreja emergente” desde o final da década de 1990. “O importante não é a forma”, afirma Uchôa. “É buscar a essência da espiritualidade cristã, que acabou diluída ao longo dos anos, porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular pessoas. É contra isso que estamos nos levantando.”
No meio dessa busca pela essência da fé cristã, muitas das práticas e discursos que eram característica dos evangélicos começaram a ser considerados dispensáveis. Às vezes, até condenáveis. Em Campinas, no interior de São Paulo, ocorre uma das experiências mais interessantes de recriação de estruturas entre as denominações históricas. A Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera não tem um templo. Seus frequentadores se reúnem em dois salões anexos a grandes condomínios da cidade e em casas ao longo da semana. Aboliram a entrega de dízimos e as ofertas da liturgia. Os interessados em contribuir devem procurar a secretaria e fazê-lo por depósito bancário – e esperar em casa um relatório de gastos. Os sermões são chamados, apropriadamente, de “palestras” e são ministrados com recursos multimídias por um palestrante sentado em um banquinho atrás de um MacBook. A meditação bíblica dominical é comumente ilustrada por uma crônica de Luis Fernando Verissimo ou uma música de Chico Buarque de Hollanda.
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“O que importa é buscar a essência do cristianismo, que acabou diluída porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular pessoas” MIGUEL UCHÔA, pastor anglicano (à esquerda na foto, ao lado do bispo Robinson Cavalcanti, da Diocese do Recife)
“Os seminários teológicos formam ministros para um Brasil rural em que os trabalhos são de carteira assinada, as famílias são papai, mamãe, filhinhos e os pastores são pessoas respeitadas”, diz Ricardo Agreste, pastor da Comunidade e autor dos livros Igreja? Tô fora e A jornada (ambos lançados pela Editora Socep). “O risco disso é passar a vida oferecendo respostas a perguntas que ninguém mais nos faz. Há muita gente séria, claro, dizendo verdades bíblicas, mas presas a um formato ultrapassado.”
Outro ponto em comum entre esses questionadores é o rompimento declarado com a face mais visível dos protestantes brasileiros: os neopentecostais. “É lisonjeador saber que atraímos gente com formação universitária e que nos consideram ‘pensadores’”, afirma Ricardo Agreste. “O grande problema dos evangélicos brasileiros não é de inteligência, é de ética e honestidade.” Segundo ele, a velha discussão doutrinária foi substituída por outra. “Não é mais uma questão de pensar de formas diferentes a espiritualidade cristã”, diz. “Trata-se de entender que há gente usando vocabulário e elementos de prática cristã para ganhar dinheiro e manipular pessoas.”
Esse rompimento da cordialidade entre os evangélicos históricos e os neopentecostais veio a público na forma de livros e artigos. A jornalista (evangélica) Marília Camargo César publicou no final de 2008 o livro Feridos em nome de Deus (Editora Mundo Cristão), sobre fiéis decepcionados com a religião por causa de abusos de pastores. O teólogo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, publicou O que estão fazendo com a Igreja: ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro (Mundo Cristão), retrato desolador de uma geração cindida entre o liberalismo teológico, os truques de marketing, o culto à personalidade e o esquerdismo político. Em um recente artigo, o presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas, João Flavio Martinez, definiu como “macumba para evangélico” as práticas místicas da Igreja Universal do Reino de Deus, como banho de descarrego e sabonete com extrato de arruda.
Tais críticas, até pouco tempo atrás, ficavam restritas aos bastidores teológicos e às discussões internas nas igrejas. Livros mais antigos – como Supercrentes, Evangélicos em crise, Como ser cristão sem ser religioso e O evangelho maltrapilho (todos da editora Mundo Cristão) – eram experiências isoladas, às vezes recebidos pelos fiéis como desagregadores. “Parece que a sociedade se fartou de tanto escândalo e passou a dar ouvidos a quem já levantava essas questões há tempos”, diz Mark Carpenter, diretor-geral da Mundo Cristão.
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“As pessoas não querem mais dogmas, elas querem autenticidade. Minha postura é, juntos, buscarmos algumas respostas satisfatórias a nossas inquietações” ED RENÉ KIVITZ, pastor da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo
O pastor Kivitz – que publicou pela Mundo Cristão seus livros Outra espiritualidade e O livro mais mal-humorado da Bíblia – distingue essa crítica interna daquela feita pela mídia tradicional aos neopentecostais “A mídia trata os evangélicos como um fenômeno social e cultural. Para fazer uma crítica assim, basta ter um pouco de bom-senso. Essa crítica o (programa) CQC já faz, porque essa igreja é mesmo um escracho”, diz ele. “Eu faço uma crítica diferente, visceral, passional, porque eu sou evangélico. E não sou isso que está na televisão, nas páginas policiais dos jornais. A gente fica sem dormir, a gente sofre e chora esse fenômeno religioso que pretende ser rotulado de cristianismo.”
A necessidade de se distinguir dos neopentecostais também levou essas igrejas a reconsiderar uma série de práticas e até seu vocabulário. Pastores e “leigos” passam a ocupar o mesmo nível hierárquico, e não há espaço para “ungidos” em especial. Grandes e imponentes catedrais e “cultos shows” dão lugar a reuniões informais, em pequenos grupos, nas casas, onde os líderes podem ser questionados, e as relações são mais próximas. O vocabulário herdado da teologia triunfalista do Antigo Testamento (vitória, vingança, peleja, guerra, maldição) é reconsiderado. Para superar o desgaste dos termos, algumas igrejas preferem ser chamadas de “comunidades”, os cultos são anunciados como “reuniões” ou “celebrações” e até a palavra “evangélico” tem sido preterida em favor de “cristão” – o termo mais radical. Nem todo mundo concorda, evidentemente. “Eles (os neopentecostais) é que não deveriam ser chamados de evangélicos”, afirma o bispo anglicano Robinson Cavalcanti, da Diocese do Recife. “Eles é que não têm laços históricos, teológicos ou éticos com os evangélicos.”
Um dos maiores estudiosos do fenômeno evangélico no Brasil, o sociólogo Ricardo Mariano (PUC-RS), vê como natural o embate entre neopentecostais e as lideranças de igrejas históricas. Ele lembra que, desde o final da década de 1980, quando o neopentecostalismo ganhou força no Brasil, os líderes das igrejas históricas se levantaram para desqualificar o movimento. “O problema é que não há nenhum órgão que regule ou fale em nome de todos os evangélicos, então ninguém tem autoridade para dizer o que é uma legítima igreja evangélica”, afirma.
Procurado por ÉPOCA, Geraldo Tenuta, o Bispo Gê, presidente nacional da Igreja Renascer em Cristo, preferiu não entrar em discussões. “Jesus nos ensinou a não irmos contra aqueles que pregam o evangelho, a despeito de suas atitudes”, diz ele. “Desde o início, éramos acusados disto ou daquilo, primeiro porque admitíamos rock no altar, depois porque não tínhamos usos e costumes. Isso não nos preocupa. O que não é de Deus vai desaparecer, e não será por obra dos julgamentos.” A Igreja Universal do Reino de Deus – que, na terceira semana de julho, anunciou a construção de uma “réplica do Templo de Salomão” em São Paulo, com “pedras trazidas de Israel” e “maior do que a Catedral da Sé” – também foi procurada por ÉPOCA para comentar os movimentos emergentes e as críticas dirigidas à igreja. Por meio de sua assessoria, o bispo Edir Macedo enviou um e-mail com as palavras: “Sem resposta”.
O sociólogo Ricardo Mariano, autor do livro Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil (Editora Loyola), oferece uma explicação pragmática para a ruptura proposta pelo novo discurso evangélico. Ateu, ele afirma que o objetivo é a busca por uma certa elite intelectual, um público mais bem informado, universitário, mais culto que os telespectadores que enchem as igrejas populares. “Vivemos uma época em que o paciente pesquisa na internet antes de ir ao consultório e é capaz de discutir com o médico, questionar o professor”, diz. “Num ambiente assim, não tem como o pastor proibir nada. Ele joga para a consciência do fiel.”
A maior parte da movimentação crítica no meio evangélico acontece nas grandes cidades. O próprio pastor Kivitz afirma que “talvez não agisse da mesma forma se estivesse servindo alguma comunidade em um rincão do interior” e que o diálogo livre entre púlpito e auditório passa, necessariamente, por uma identificação cultural. “As pessoas não querem dogmas, elas querem honestidade”, diz ele. “As dúvidas delas são as minhas dúvidas. Minha postura é, juntos, buscarmos respostas satisfatórias a nossas inquietações.”
Por isso mesmo, Ricardo Mariano não vê comparação entre o apelo das novas igrejas protestantes e das neopentecostais. “O destino desses líderes será ‘pescar no aquário’, atraindo insatisfeitos vindos de outras igrejas, ou continuar falando para meia dúzia de pessoas”, diz ele. De acordo com o presbiteriano Ricardo Gouveia, “não há, ou não deveria haver, preocupação mercadológica” entre as igrejas históricas. “Não se trata de um produto a oferecer, que precise ocupar espaço no mercado”, diz ele. “Nossa preocupação é simplesmente anunciar o evangelho, e não tentar ‘melhorá-lo’ ou torná-lo mais interessante ou vendável.”
O advento da internet foi fundamental para pastores, seminaristas, músicos, líderes religiosos e leigos decidirem criar seus próprios sites, portais, comunidades e blogs. Um vídeo transmitido pela Igreja Universal em Portugal divulgando o Contrato da fé – um “documento”, “autenticado” pelos pastores, prometendo ao fiel a possibilidade de se “associar com Deus e ter de Deus os benefícios” – propagou-se pela rede, angariando toda sorte de comentários. Outro vídeo, em que o pregador americano Moris Cerullo, no programa do pastor Silas Malafaia, prometia uma “unção financeira dos últimos dias” em troca de quem “semear” um “compromisso” de R$ 900 também bombou na rede. Uma cópia da sentença do juiz federal Fausto De Sanctis (lembre AQUI) condenando os líderes da Renascer Estevam e Sônia Hernandes por evasão de divisas circulou no final de 2009. De Sanctis afirmava que o casal “não se lastreia na preservação de valores de ética ou correção, apesar de professarem o evangelho”. “Vergonha alheia em doses quase insuportáveis” foi o comentário mais ameno entre os internautas.
Sites como Pavablog, Veshame Gospel, Irmãos.com, Púlpito Cristão, Caiofabio.net ou Cristianismo Criativo fazem circular vídeos, palestras e sermões e debatem doutrinas e notícias com alto nível de ousadia e autocrítica. De um grupo de blogueiros paulistanos, surgiu a ideia da Marcha pela ética, um protesto que ocorre há dois anos dentro da Marcha para Jesus (evento organizado pela Renascer). Vestidos de preto, jovens carregam faixas com textos bíblicos e frases como “O $how tem que parar” e “Jesus não está aqui, ele está nas favelas”.
A maior parte desses blogueiros trafega entre assuntos tão diversos como teologia, política, televisão, cinema e música popular. O trânsito entre o “secular” e o “sagrado” é uma das características mais fortes desses novos evangélicos. “A espiritualidade cristã sempre teve a missão de resgatar a pessoa e fazê-la interagir e transformar a sociedade”, diz Ricardo Agreste. “Rompemos o ostracismo da igreja histórica tradicional, entramos em diálogo com a cultura e com os ícones e pensamento dessa cultura e estamos refletindo sobre tudo isso.”
Em São Paulo, o capelão Valter Ravara criou o Instituto Gênesis 1.28, uma organização que ministra cursos de conscientização ambiental em igrejas, escolas e centros comunitários. “É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia”, afirma Ravara. “O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar.” Ravara publicou em 2008 a Bíblia verde, com laminação biodegradável, papel de reflorestamento e encarte com textos sobre sustentabilidade.
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“O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar. É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia” VALTER RAVARA, “ecocapelão”, criador do Instituto Gênesis 1.28 e da Bíblia verde
A então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, escreveu o prefácio da Bíblia verde. Sua candidatura à Presidência da República angariou simpatia de blogueiros e tuiteiros, mas não o apoio formal da Assembleia de Deus, denominação a que ela pertence. A separação entre política e religião pregada por Marina é vista como um marco da nova inserção social evangélica. O vereador paulistano e evangélico Carlos Bezerra Jr. afirma que o dever do político cristão é “expressar o Reino de Deus” dentro da política. “É o oposto do que fazem as bancadas evangélicas no Congresso, que existem para conseguir facilidades para sua denominação e sustentar impérios eclesiásticos”, diz ele.protesto A nova reforma Protestante (3)
DA WEB ÀS RUAS – Blogueiros que organizam a Marcha pela ética, um movimento de protesto incrustado dentro da Marcha para Jesus, promovida pela Renascer
O raciocínio antissectário se espalhou para a música. Nomes como Palavrantiga, Crombie, Tanlan, Eduardo Mano, Helvio Sodré e Lucas Souza se definem apenas como “música feita por cristãos”, não mais como “gospel”. Eles rompem os limites entre os mercados evangélico e pop. O antissectarismo torna os evangélicos mais sensíveis a ações sociais, das parcerias com ONGs até uma comunidade funcionando em plena Cracolândia, no centro de São Paulo. “No fundo, nossa proposta é a mesma dos reformadores”, diz o presbiteriano Ricardo Gouveia. “É perceber o cristianismo como algo feito para viver na vida cotidiana, no nosso trabalho, na nossa cidadania, no nosso comportamento ético, e não dentro das quatro paredes de um templo.”
A teologia chama de “cristocêntrico” o movimento empreendido por esses crentes que tentam tirar o cristianismo das mãos da estrutura da igreja – visão conhecida como “eclesiocêntrica” – e devolvê-lo para a imaterialidade das coisas do espírito. É uma versão brasileiramente mais modesta do que a Igreja Católica viveu nos tempos da Reforma Protestante. Desta vez, porém, dirigida para a própria igreja protestante. Depois de tantos desvios, vozes internas levantaram-se para propor uma nova forma de enxergar o mundo. E, como efeito, de ser enxergadas por ele. Nas palavras do pastor Kivitz: “Marx e Freud nos convenceram de que, se alguém tem fé, só pode ser um estúpido infantil que espera que um Papai do Céu possa lhe suprir as carências. Mas hoje gostaríamos de dizer que o cristianismo tem, sim, espaço para contribuir com a construção de uma alternativa para a civilização que está aí. Uma sociedade que todo mundo espera, não apenas aqueles que buscam uma experiência religiosa”.

Data: 7/8/2010 21:31:00