terça-feira, 5 de julho de 2011

O PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO

TEXTO: Jo 6:1-12
O milagre da multiplicação dos pães e peixes envolve princípios que devemos seguir para ver a frutificação de nossas células e a prosperidade financeira em nossas vidas.
O senhor não é avarento ou mesquinho. Ele tem prazer em multiplicar abundantemente tudo que tem colocado em nossas mãos. A adição não é o Seu padrão porque Ele é um Deus de multiplicação. A multiplicação é um princípio do Senhor para nossa frutificação espiritual e também para nossa prosperidade financeira.
Como igreja, nosso principal encargo é ser canal do Seu poder para tirar as vidas das mãos do diabo. Portanto, a multiplicação que buscamos em primeiro lugar é a de vidas, de células. Mas devemos também desejar a multiplicação financeira. Em João 6, encontramos nove princípios envolvidos na multiplicação dos pães feitas por Jesus que precisamos aplicar em nossas células e em nossas finanças.

1 – Sair do mar e ir para o monte  (Jo 6.1-3)
Na Palavra de Deus, todos os acidentes geográficos possuem significado espiritual e tipológico. A maior parte dos grandes eventos bíblicos aconteceu em montes. Assim, o monte estabelece um significado espiritual. Ele é o lugar onde temos comunhão com o Senhor, onde Deus fala e onde conhecemos os Seus planos e caminhos. Jesus e caminhos. Jesus não fez a multiplicação á beira do mar. O mar, na Palavra de Deus, simboliza o lugar da habitação dos demônios e também representa a humanidade caída sem Deus. A igreja é como um barco que está em cima do mar. O barco pode estar no mar, porém o mar não pode estar dentro do barco, porque se o mar entrar no barco, este afunda. Estamos no mundo, mas o mundo não pode estar dentro de nós, em nossos corações. É preciso sair do mar e subir ao monte para receber o suprimento de Deus. Líderes precisam subir ao monte se desejam multiplicar suas células. Irmãos que têm passado crises financeiras precisam subir ao monte para receber a verdadeira prosperidade que vem pelos caminhos e planos de Deus. Subir ao monte é orar, buscar ao Senhor. É no monte que Deus multiplica as cosias.

2 – A Páscoa estava próxima (Jo 6.4)
Não há prosperidade nem frutificação se a Páscoa não for a base de tudo. A Páscoa aponta para Jesus como Cordeiro de Deus. Tudo procede da redenção de Cristo efetuada na cruz. Foi lá que Ele nos livrou da maldição da esterilidade e da maldição da pobreza. A base de nossa vitória está em descansarmos na verdade de que Jesus na cruz quebrou toda maldição da lei que havia sobre as nossas vidas: a enfermidade, a morte e a miséria. Muitos não prosperam, não multiplicam porque estão convictos que a vontade do Senhor é que eles vivam mal, com dificuldades financeiras e com problemas. Acreditam que devem suportar isso como um carma em suas vidas. Não há méritos na miséria e nem na pobreza. Ninguém agrada mais a Deus ou é mais santo porque vive uma vida de acostumar-se com as coisas. Não podemos nos acostumar com dívidas e esterilidade. Deus tem para nós suprimentos  e abundância. Precisamos crer nisso e rejeitar o contrário.

3 – Deus quer nos experimentar (Jo 6.6)
As situações de crise que no sobrevêm são a maneira de Deus nos testar. A célula que não quer crescer, o salário que parece ficar cada vez menos, não importa qual seja o problema, Deus está por detrás das circunstâncias para nos experimentar. O Senhor quer ver até onde vamos com Ele, quer verificar se nossa fé é genuína. As situações de crise são importantes para que o Senhor possa remover aquilo que está fora da Sua vontade e também para alargar nossa experiência. Precisamos entender o que Deus quer nos ensinar com as crises; precisamos enxergá-Lo nas circunstâncias. Imagine uma situação em que um irmão perceba que o seu chefe está perseguindo-o. Diante dessa situação, ele pode ter três posturas. A primeira é enxergar apenas o chefe e ficar revoltado com o homem. Esta é a forma mais rasteira e humana de lidar com as situações. Não podemos ser tão naturais assim.  A segunda postura do irmão pode ser um pouco mais espiritual: ele percebe a mão do diabo por trás do seu chefe. Esta atitude já é melhor porque a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades (Ef 6.12). Mas o irmão pode ter uma atitude ainda mias espiritual. Ele pode ver a mão de Deus por trás do seu chefe e do diabo. Precisamos enxergar a mão de Deus em tudo. É necessário que perguntemos ao Senhor o que Ele que nos ensinar com as crises, que respostas esperar de nós diante das circunstâncias. Quando fazemos isso, Ele endireita nossas veredas (Pv 3.6).

4 – Avaliar a necessidade (Jo 6.7)
Precisamos avaliar a circunstâncias, o que está acontecendo e ser práticos, Toda crise consiste em não conseguir alcançar o objetivo. A necessidade, portanto, existe em função do alvo. Muitos fracassam por vários motivos: por colocar a culpa nos outros ao culpar-se de maneira irracional; porque não possuem objetivos ou tem objetivos insignificantes ou errados; porque vivem procurando atalhos ou escolhendo o caminho mais longo; porque negligenciam a disciplinas ou porque desistem cedo de mais. Temos que avaliar a situação com seriedade e realismo. Filipe contou as pessoas e fez o cálculo de quanto seria necessário para resolver o problema. Avaliar o que está acontecendo não é incredulidade, e ter fé não é ignorar a realidade do problema.

5 – Avaliar os recursos (Jo 6.9)
Uma vez que avaliamos a necessidade, precisamos também avaliar os recursos que possuímos. Tudo o que os discípulos conseguiram foram cinco pães e dois peixe e com isso o Senhor alimentou uma multidão. Deus vai multiplicar os recursos que temos em nossas mãos: nossos recursos financeiros, nossas habilidades profissionais, nosso salário, nossas células, nossos líderes em treinamento e nosso potencial. Não devemos desprezar os recursos que o Senhor tem nos dado e nem ter vergonhas se eles são poucos. Deus vai multiplicar o que temos, o que sabemos fazer, os recursos que Ele tem os dado.

6 – Assumir uma fé prática e operante
A criança que levou os cinco pães e dois peixes e um exemplo de alguém que tem uma fé prática. Vemos três importantes características dessa criança. A primeira é que ela era prevenida. Todos saíram de casa sem levar nada para comer no caminho, exceto ela. A segunda é que ela econômica. Talvez todos tivessem saído da casa com um lanche, mas só o da criança prevaleceu, ela não comeu tudo de uma vez, guardou para o dia inteiro. A terceira é que ela foi generosa. Todos nós sabemos como é difícil tirar um lanche ou um doce de uma criança. Mas essa criança se dispôs a dar tudo o que tinha para Jesus. Ela se dispôs a ficar com fome para que Jesus tivesse o pão e o peixe. Parece loucura o que ela fez. Se seus pais estivessem lá, talvez eles não teriam permitido. Essa criança deu tudo o que tinha porque queriam agradar o Senhor. É por isso que precisamos ser como crianças se desejamos herdar o reino de Deus. A criança tem uma fé simples e singela. Precisamos de uma fé prevenida, econômica e generosa, a verdadeira fé operante que nos faz das tudo o que temos. Devemos entregar tudo para o Senhor Jesus.

7 – Organização
Vemos no texto de Marcos 6.39-40, que o Senhor ordenou que todos assentassem, repartindo-se em  grupos de cem e de cinqüenta. Isso nos fala de organização. Muitos gastam sem necessidade, comprando coisas que já possuem mais de uma vez por serem desorganizados, e assim por serem desorganizados, e assim acabam desperdiçando. Muitas donas de casa não sabem o quanto gastam a cada mês em mantimentos. Muitos líderes não conseguem organizar devidamente o seu grupo. Não há funções, não há serviços, não há discipulado e nem acompanhamento dos novos convertidos. Sem organização, não vemos a bênção de Deus.

8 – Ser grato a Deus (Jo 6.11)
É na crise que tendemos a reclamar e a murmurar. Mas é a gratidão que move o poder de Deus. É interessante que a oração poderosa feita por Jesus nesse texto não foi a oração de autoridade, mas a de ações de graças. Cada oração tem a sua finalidade; a finalidade da ação de graças é multiplicar. Temos que ser gratos em meio a qualquer circunstância. Se tivermos um coração grato por nosso trabalho e por nosso salário, Deus vai multiplicar o que temos e iremos prosperar. Se formos gratos por nossas células, pelos membros e anfitriões que o Senhor nos deu ao invés de olhar para a célula de outros líderes e desprezar nossa própria, iremos frutificar e multiplicar. O Senhor nos dará algo melhor quando formos gratos pelo que temos.

CONCLUSÃO:  Não desperdiçar nada (Jo 6.12)
Muitos não prosperam por que são esbanjadores inconseqüentes. Basta um pouco mais de prosperidade e já não fazem conta de um ou dois reais. Os economistas têm provado que a causa mais comum de dívidas domésticas são os lanchinhos, os DVDs alugados na locadora, os passeios constantes e outras coisinhas que consideramos pequenas. Muitos líderes, depois que a célula está grande, começam a ser negligentes com os novos que vão chegando e acabam desperdiçando frutos preciosos que Deus deu. Mesmo tendo uma célula grande, não abra mão de ninguém e o Senhor irá multiplicá-la ainda mais. Desperdício é pecado. Deus não tem prazer no desperdício. Que tenhamos a revelação que essa multiplicação traz a abundância com um propósito: para investirmos no reino e edificarmos a igreja.

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