terça-feira, 8 de março de 2011

PROCLAMAÇÃO DE DEPENDENCIA

PROCLAMAÇÃO DE DEPENDÊNCIAPreletor: Robert Tamasy

Deixar de reconhecer a ajuda para escalar a escada do sucesso, nutre o orgulho e expõe a vulnerabilidade
Já observou como as crianças têm pressa de alcançar independência? Elas dependem de alguém para serem alimentadas, banhadas, vestidas e levadas de um lugar para outro. Quando, porém, atingem certa idade, por volta dos dois anos, começam a afirmar sua declaração de independência. Ao ajudar uma criança a calçar os sapatos ela dispensa a ajuda: “Eu calço sozinha!” – declara a pequena independente. Se for ajudá-la a comer a resposta decidida é: “Não, eu como sozinho!” Os pais querem que se tornem independentes, mas não aos dois ou três anos de idade.

     Esse impulso em direção à autoconfiança e autonomia permanece vigoroso ao longo de toda nossa vida. Muitos sonham em tornar-se financeiramente independentes, atingindo o ponto em que o salário não é o motivo que os leve a trabalhar. Outros anseiam por se encaixar na descrição do herói de “Invicto”, de William Ernest Henley. Nesse poema publicado em 1888, o personagem central declara:“Sou o senhor do meu destino; sou o capitão da minha alma.”

     É louvável tornar-se "senhor do próprio destino", assumindo a responsabilidade pelos resultados das próprias ações e decisões. Entretanto, independência total tem desvantagem. Lemos na Bíblia sobre Uzias, que por 52 anos serviu como rei em Judá: “Ele fez o que o Senhor aprova... Enquanto buscou o Senhor, Deus o fez prosperar” (II Crônicas 26.4-5). Durante grande parte da vida ele reconheceu que dependia de Deus.

     Entretanto, chegou um momento em que aparentemente o sucesso lhe subiu à cabeça. Confrontado com sua rebeldia, recusou-se a assumir responsabilidade e aceitar correção. “...Entretanto, depois que Uzias tornou-se poderoso, o seu orgulho provocou a sua queda. Ele foi infiel ao Senhor, o seu Deus"  (II Crônicas 26.15-21). Ele tornara-se auto-suficiente; não precisava de ninguém, nem mesmo de Deus.

     Uzias viveu centenas de anos atrás, mas a natureza humana não mudou desde então. Muitos de nós, no início de nossos negócios ou carreiras profissionais, nos conscientizamos que o sucesso está fora do nosso alcance. Voltamo-nos, então, para outras pessoas – até mesmo para Deus – em busca de ajuda, especialmente quando responsabilidades e pressões nos sobrecarregam. Uma vez alcançado o sucesso, porém, perdemos o senso de dependência. “Venci por meus próprios esforços”, concluímos inchados pela vaidade.

     Como Uzias aprendeu, essa atitude geralmente leva ao desastre. Deixar de reconhecer a ajuda recebida ao escalar a “escada do sucesso”, bem como o suporte oferecido para mantê-lo, nutre o orgulho e expõe nossa vulnerabilidade aos concorrentes e opositores. A Bíblia ensina como evitar essa calamidade:

     Reconhecer Deus como fonte de sabedoria e do sucesso. “Fale sempre do que está escrito no Livro da Lei. Estude esse livro dia e noite e se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele. Se fizer isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso” (Josué 1.8).

     Aceitar a correção e a repreensão. “Quem rejeita a correção acabará pobre e na desgraça, mas quem aceita a repreensão é respeitado” (Provérbios 13.18).

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