Uma análise do texto de Lucas 19:1 a 10
Que tipo de informação o homem precisa para mudar sua vida? As noções técnicas fazem dele um profissional; as culturais tornam-no um ilustre cidadão; as políticas permitem-lhe ser integrado no seu mundo. Mas, e a sua vida em si mesma, o homem interior que todos somos, que tipo de conhecimento precisaria ser adquirido para ser feliz, íntegro e realizado?
No texto o autor traz-nos como fundo uma história bem conhecida: a de um funcionário público, bem de vida financeiramente falando, mas no entanto vazio e carente do maior sentido da existência que é o de ser reconhecido como pessoa. E mais carente ainda, porque sua consciência o acusava dia e noite. Veja como Zaqueu resolveu seu problema de forma completa.
I. O CONHECIMENTO DO CRISTO QUE PASSA, v. 4.
Todos conhecem a história de Zaqueu e sabem que ele era um homem ímpio, um defraudador. Cobrava impostos além do valor, retendo uma parte para si. Por isso, era mal visto pela sociedade de seu tempo. Certo dia ele ouvira falar de alguém que passaria pela cidade. Vinha curando a muitos, salvando, libertando, devolvendo vistas aos cegos, restaurando a voz aos mudos. Era Jesus de Nazaré que acompanhado de grande multidão, estava chegando à cidade de Jericó.
Zaqueu já não mais suportava a vida que levava. Claro que percebia os olhares de desprezo e rejeição. Mas, agora queria conhecer o Cristo que passava naquele lugar. Esse recém-chegado era justamente o oposto de Zaqueu: era aceito por todos, vivia cercado de pessoas. Por isso, movido de curiosidade, quis conhecer esse homem tão popular.
Estava assim pensando e eis que surge a multidão. Zaqueu foi pego de surpresa. Quis esconder-se mas também quis ficar para ver Jesus. Como era de pequena estatura, subiu rápido numa figueira. E dali avistou o Cristo que estava se aproximando.
Foi um momento especial para ele, mas ainda insuficiente para que experimentasse uma mudança de vida e fosse feliz. Não bastava um olhar contemplativo e nem só o fato de saber historicamente que Jesus Existia. Era preciso um segundo conhecimento.
I. O CONHECIMENTO DO CRISTO QUE PÁRA, v. 5.
Lá no alto da figueira, escondido, estava Zaqueu. A multidão chegando, apertando, e Jesus à frente. Ao se aproximar, Jesus parou. Zaqueu ficou sem fala, perplexo, imóvel. Ele que até então só tinha conhecido olhares de desprezo, gestos de ironia e desdém, agora merece a atenção do Cristo que passa. Ficou confuso e deslumbrado de alegria.
Diante de, logo ao pé da figueira Jesus parou. Achou-o entre as folhagens e fixou nele um olhar de confiança e de carinho. Demonstrou por Zaqueu um gesto de amor. E com voz firme e meiga Zaqueu entendeu que Jesus dizia: Eu amo sua vida, Zaqueu; ninguém o considera por aqui, mas eu sei o valor da sua alma; eu amo você como você é.
Zaqueu percebeu o impacto daquela declaração e a verdade que ela traduzia. Viu, porém que não bastava conhecer a Cristo e nem ter ouvido dele essas palavras. Era preciso um terceiro passo: recebê-lo em sua casa (em seu coração) e fazer dela um amigo permanente.
II. O CONHECIMENTO DO CRISTO QUE FICA, v. 5 a 9.
O interesse de Zaqueu era tão somente de conhecer quem era aquele Cristo de quem todos falavam e que agora se aproximava de sua cidade. não poderia perder a rara oportunidade. Não sabia, porém, que Cristo iria parar e lhe dizer: "Zaqueu, hoje eu quero pousar em tua casa". Como se dissesse: Olha, Zaqueu, não quero só passar, mas hoje eu quero também ficar em sua casa. Quero ficar em seu coração, em sua alma e principalmente quero ficar em sua vida
Sua casa, que até hoje só tinha tristeza, angústia e pecado hoje receberá a salvação e a verdadeira felicidade que tanto procurava. Hoje eu não apenas passo e paro; eu fico para sempre em sua vida e lhe dou a salvação.
Depois disso, Zaqueu nunca mais foi o mesmo.
Meu amado irmão, essa pode ser mais ou menos a sua situação. Não basta conhecer a Cristo historicamente, nem ficar escondido, admirando vendo-o passar. É preciso recebê-lo em casa, hospeda-lo em sua vida. Ouvi-lo e aceitar seus ensinos. Jesus quer hoje entrar no seu coração e se tornar seu melhor amigo, seu salvador. Se Zaqueu, não tivesse aceitado o convite de Jesus, ele nunca tinha recebido a bênção.
Hilário Manoel Messias
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