Que Brasil estamos deixando para os nossos filhos?
O Salmo 137 é o retrato de um povo que perdeu sua soberania nacional. Sem terra, sem poder político, os judeus foram exilados na Babilônia, onde ficaram setenta anos. Aquela situação era o resultado da desobediência à Palavra do Senhor, que durante séculos convocara o povo para uma vida de pureza e de santidade.
O salmista expressa o choro dos cativos, dos que não conseguem mais entoar o cântico do Senhor. Estão em terra estranha e recebem notícias desoladoras acerca de Jerusalém. Isso vai sendo acrescido à derrota e humilhação já sofridas.
No exílio, vivendo a princípio duras crises, sem identidade, os judeus eram incapazes de louvar o Senhor. Em sua concepção, a presença do Senhor estava limitada a Jerusalém. Desconheciam os atributos da onipresença, onisciência e onipotência de Deus. Não o conheciam porque nos bons tempos viraram-lhe as costas. Não deram ouvidos às palavras dos profetas, que chamavam o povo à conversão.
Por isso, chegaram a declarar: “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados”, Ez. 37:11. Os cativos estavam tão desanimados e de olhos tapados que não reconheciam os motivos que os levaram àquela situação, apenas lamentaram àquela situação, eles apenas sabiam lamentar; não confessavam seus pecados e não mostravam sinal de conversão. Além disso, transferiam a culpa pela situação que estavam vivendo para os seus inimigos e alimentavam desejo de vingança.
UM POVO SEM DEUS ESTÁ DESTINADO AO FRACASSO
Esse fato nos ensina a grande lição de que toda a nação que não cultiva sua fé no Deus Todo-poderoso está destinada ao fracasso político, econômico e social. Por isso, como povo de Deus é preciso nos colocarmos como verdadeiros intercessores a favor da nossa pátria.
Poema triste, melancólico, nostálgico, o Salmo 137 foi escrito quando do exílio de Judá na babilônia. Retrata, a princípio, a impossibilidade que o povo de Deus sentia de alegrar-se e de alegrar os outros. Quem lhes pedia uma canção era justamente o povo que os subjugava e eles não tinham condições emocional de satisfazê-los. Domina-os a saudade de Jerusalém.
O exílio foi uma punição severa pela obstinação de um povo que havia experimentado, durante séculos de história, a intervenção de Deus, mas teimava em continuar em seus pecados: “... O Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar, e adulterar e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios”. Oséias 4:2.
Nosso país vive momentos difíceis, mas Deus tem sido misericordioso para conosco ao dar oportunidade de arrependimento e conversão. Os problemas sociais e políticos são diversos: bens mal adquiridos por muitos; nação endividada por má administração; falta de moralidade. O sangue tem manchado o nosso chão com chacinas que acontecem no Rio de Janeiros com menores favelados inocentes. Pactos satânicos são feitos para se alcançar sucesso e poder. E para culminar tudo isso, o Brasil tem entronizado como protetora e padroeira uma imagem de nenhum valor para o bem-estar do povo. Milhares adoram um pedaço de gesso, achado num rio. Para completar a ignomínia, a nação decretou feriado nacional no dia 12 de Outubro. Tal veneração de ídolo é uma afronta ao Senhor dos Exércitos!.
O QUE FAZER PELA NAÇÃO
É hora de reconhecer que tanta violência e imoralidade tornam o país como que um monte de ossos secos, sem vida, Ezequiel 37:11. Nessa situação, é preciso relembrar que a santidade de Deus não pode conviver com o mal, Hc.1:13 - Vamos conscientizar de nosso sacerdócio, Is. 6:6a; I Pe. 2: 5,9.
Essa nossa responsabilidade implica em:
a) Confessar nossos pecados, como nação Dn. 9: 5-19.
b) Adorar a Deus, reconhecendo que o Brasil está sendo alvo de sua misericórdia, Slm. 68:20.
c) Clamar para que sejam destruídos os “altos” e o Senhor reine;
d) Interceder pelo povo brasileiro a fim de que se deixe levar pelo Sangue do Cordeiro e as manchas de nossa terra se tornem mais alvas do que a neve, Salmo 51:7.
O RISCO DA OMISSÃO
Só assim, evitaremos que um dia tenhamos de pendurar nossas harpas nos salgueiros, sentarmos às margens do rios de Bbilônia, escravizados pelo pecado do desinteresse e indiferença; só o sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus, evitará que choremos um dia o Brasil que estamos deixando para os nossos filhos.
Ituiutaba-MG, 22 de Outubro de 1994.
Hilário Manoel Messias
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