domingo, 23 de outubro de 2011

perigos da auto-hemoterapia

Conheça os riscos de praticar a auto-hemoterapia

30/07 - Eutanásia, aborto e terapia ortomolecular são alguns dos assuntos
que geram polêmica em torno da saúde. Entretanto, eles não são os únicos.
Nas últimas semanas, um novo tema tem chamado a atenção e até mesmo
despertado preocupação entre os médicos. Trata-se da auto-hemoterapia.

A prática da chamada auto-hemoterapia é definida como um recurso terapêutico
de baixo custo, simples, que consiste em retirar o sangue de uma veia e
aplicar no músculo da própria pessoa da qual o sangue foi retirado,
estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial.

O tratamento que vem sendo apresentado por meio de vídeos em várias cidades
brasileiras não foi reconhecido como prática legal pela Sociedade Brasileira
de Hematologia e Hemoterapia (SBHH).

Segundo Carlos Chiattone, presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia
e Hemoterapia e professor de Hematologia da Santa Casa de São Paulo, a
principal questão que deve ser levada em conta não é o fato de as pessoas
serem a favor da auto-hemoterapia ou contra ela e, sim, a falta de fatos
científicos.

"Não existem estudos que comprovem a efetividade do procedimento, como
também não há fatos que indiquem riscos ou não. O problema é que o
tratamento tem sido sugerido como um medicamento para todas as doenças, o
que não pode ser correto por se tratar de diagnósticos diferentes", afirma
Chiattone.

A SBHH, frente a inúmeros questionamentos recebidos, tanto por parte de
profissionais médicos como não médicos, esclareceu em nota à imprensa que
não reconhece a prática do ponto de vista científico.

Ainda segundo a SBHH, por não existirem informações científicas sobre o
referido procedimento, são desconhecidos os possíveis efeitos colaterais e
complicações desta prática, podendo colocar em risco a saúde dos pacientes a
ela submetidos.

Para Chiattone, os pacientes podem correr riscos de infecção do sangue ao
entrar em contato com os microorganismos do ar e também causar absessos no
local em que foi feita a aplicação.

De acordo com médico hemoterapeuta da Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho (Unesp), Luís Henrique Susa Mihara, as pessoas não podem
esquecer que todo tratamento deve passar por uma recomendação médica.

"A polêmica em torno da auto-hemoterapia tem sido muito grande. Os pacientes
precisam consultar seus médicos. Tratamentos de doenças graves têm sido
interrompidos em nome da auto-hemoterapia. É preciso bom senso e cautela",
afirma Mihara.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, também publicou, em 13
de abril de 2007, uma nota proibindo aos médicos a utilização de práticas
terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica.

O procedimento da auto-hemoterapia pode ser considerada uma infração
sanitária, estando sujeita às penalidades e punição de seus responsáveis.

Jornalista: Indefinido

(Terra http://saude. terra.com. br/interna/ 0,,OI1588656- EI1713,00. html)

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