domingo, 27 de fevereiro de 2011

Os brasileiros e o improviso


Sabemos como chegar lá sem muito planejamento, sem muita organização — sem quase nenhuma tática. Garrincha é um dos símbolos máximos do improv (improviso): muito gingado, muita finta, muita malicia futebolística, muita segurança em si, muito humor, muita sacada inteligente… enfim um craque.
É dele a resposta para o Feola — técnico da seleção brasileira: "Mas o gringo também foi instruido pra me deixar passar?" Feola tentava fazer o impensável — determinar para que lado Garrincha deveria driblar. Impossível! Só na hora, no exato momento, é que se sabe e se faz!
Técnicas improv são formas de se treinar em diferentes aspectos do dia a dia do trabalho para lidar com o incerto, o inesperado, o desafiador e o nunca antes acontecido! Por exemplo, nesse aspecto Lula, que não teve instrução, não se sofisticou nas estruturas do ensino, é mais forte que Fernando Henrique, pois não precisa desaprender.
Técnicas improv trabalham o humor. O Improv desdenha de scripts e roteiros, e executa a partir da dica e do direcionamento inicial para a criatividade e grandes sacadas. O humor certamente faz a vida melhor, e nos torna mais humanos.
Técnicas improv tem a ver com facilitadores, professores, educadores, agentes de mudança, pessoal do RH, líderes, e gente comum… Até porque no presente e no futuro, teremos que saber fazer o melhor na situação que nos será imposta. E daí não teremos outro recurso a não ser improvisar.
No bom sentido, é claro!

Texto escrito por Volney Faustini
Os brasileiros são reconhecidamente os reis do improviso. Acontece que nos últimos tempos, essa pecha ganha conotação positiva. Há uma oportunidade muito grande aí, para todos que vivem na cultura do jeitinho e das coisas desarrumadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário